segunda-feira, 31 de agosto de 2009
domingo, 30 de agosto de 2009
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Déjà vu
Léone: Sabe o que acabo de descobrir ao abrir a mala? O cheiro dos parisienses é muito forte, eu sabia; já havia percebido seu cheiro no metrô, na rua, com toda aquela gente que é preciso roçar, sentir esse cheiro perambular e apodrecer nos cantos. Pois bem, ainda o sinto, aqui, na minha mala; não o suporto mais. (...) Vou precisar de tempo para arejar toda essa roupa. Como estou contente de estar aqui. A África, enfim!
Horne: Mas você ainda não viu nada, e nem mesmo quer sair do quarto.
Léone: Oh, já vi o suficiente e vejo daqui o suficiente para adorá-la. Não sou uma visitante. (...)
(in Combat de nègre et de chiens, de Bernard-Marie Koltès)
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quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Vistas de Recife, visto do Recife
(Clique nas imagens para ampliá-las)
Rua da Aurora:
Pontes sobre o Capibaribe:
Paço Alfândega:
Assembléia Legislativa e Ginásio Pernambucano:
Fotografia: Celso Cesar.
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quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Os ditos e o que ficou por dizer
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Mini Miss Mundo
domingo, 23 de agosto de 2009
sábado, 22 de agosto de 2009
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Ciclos
sábado, 15 de agosto de 2009
Fragmentos
Em pedaços,
junto todas as moedas do fôlego,
e demito-me.
Expulso o que sempre fui:
esse esboço impreciso
que não se sustenta,
que não se aguenta nas pernas.
Ao invés,
Estilhaça-se
Esfacela-se
Vira pó
esperando, de braços cruzados,
que um vento qualquer
o leve embora
desgarrando do chão,
que nunca me deu posse,
os restos que insistem
em me pertencer.
E lá longe,
bem além daqui,
sopre-me,
evapore-me,
desconjunte-me,
dissipe-me.
E o que reste,
ébrio de rodopios,
possa penetrar
em vidas várias,
onde a dor
e certas feridas
sejam apenas esquecimento,
elipses,
não ditos
ou talvez,
por escorregadia lembrança,
tristezas ligeiras
que chegam e partem com as cores doídas
daquelas horas que encerram o dia.
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
CPG - Súmula (publicável)
Garçom, se eu pedir mais chopp, não traga.
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quarta-feira, 12 de agosto de 2009
mIRC
-- H ou m?
-- O que é isso?
-- Homem ou mulher
-- Ah, m.
-- Tc de onde gata?
-- De um telhado qualquer.
-- Não entendi... Tá vestindo o q?
-- Pijama de ursinho, meia direita e calcinha furadas, sutiã com o elástico frouxo.
-- Tás brincando né?
-- Claro que não. Pera, vou mandar uma foto minha com esse pijama, é o meu favorito.
/ignore
..........................................
-- Ué, cadê você?
:)))))))
Velhos e bons tempos do mIRC.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
O prestidigitador
Estou começando a entender por que sou um fracasso na existência: nego assiste a dois workshops, dá uma lida nuns três artigos catados no Google, compra um livro de 100 páginas sobre o assunto e depois de um mês morando na filosofia, se intitula Especialista.
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Upside down
Insight acachapante durante uma leitura de Bakhtin: ele tratando do dialogismo, das vozes que permeiam as falas textuais e eu relendo as minhas. Como não pude entender antes? E não tive como não lembrar de R.P., cujo primeiro amor descansou no terceiro dia, ou melhor, deixou que ela descansasse - referência escatológica, melhor passar adiante. E hoje falei com E.: tem gente que adivinha chuva e liga no dia certo, na hora certa, na passagem de cometa certa. E quarta tem reunião do CPG, ansiosa, querendo muito ver as meninas, porque essa história de conversa pelo MSN não dá para tapar o buraco da saudade da gente. Eu já vinha preocupada porque as unhas de Mariana não estavam crescendo. Falta de vitaminas? Perguntei se estavam cortando na escola. Não. Mas não cresciam e eu sempre confiro. Domingo ela se entregou: está roendo. Quando não estou fazendo nada. E ficam perfeitas, sem desníveis. Cara, pensei em me preocupar, mas como o geral vai bem, ando dando risada dessa história. Casa de ferreiro, espeto de pau. E casa de ferreira? Sábado na farra, domingo, pai. Farrapai, ressaca certa. Presente do Dia dos Pais? Uma camisa e uma notícia. Pela cara dele, não sei se achou boa ou má. Já me acostumei com a natureza indiferente. Antes, no entanto, doía horrores, daquelas finas que cortam a respiração. Hoje vejo apenas que ele está envelhecendo e eu também. Vontade de deixar o cabelo crescer. Dá e passa. Já pensei sobre o assunto e,
adivinha, a resposta estava lá, prontinha. Só falta juntar com a daí de cima e economizo uns cinco anos de terapia. Receita para uma bad trip garantida: pegue uns hormônios desembestados e junte com uns truquezinhos safados do inconsciente, pronto. E eu não largo o vício. O que mais quero na vida? Objetividade. E metade da escrotice que me atribuem.
Reunião do CPG
Local: Bar Central
Dia: 12/08
Horário: 18h
Pauta:
1. Muro das Lamentações e demais vicissitudes existenciais
Palestrante: Kenia Mello
Mediador: demais
2.
Palestrante: Cristiana Souza
Mediador: demais
3. Momento Tome tento
Palestrante: Sue Holder
Mediador: quem é doido?
4. Discussão do Projeto Cousas de Muleres, originário do natimorto Phodcast
5. Momento Sugesta nas calçadas
Palestrante : Naná G. Falcone
Mediador: demais
6. Momento Cousas de Muleres - Como ser feliz sem meda!
Palestrante: Elzinha Santos
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Enquete Betty Faria
Bofe (scandal) of the week
Rodrigo Lombardi
Vamos fazer o Caminho das Índias, follow me!
(Clique nas imagens para melhor visualização)
Oi, tudo bem?
Meu nome é Raj... Miraj.
Fumar faz bem à saúde...
Quem estiver achando ruim que chame a polícia!
Como diria Grace Kelly: Atoron o perigon dele!
Tira a mão daí, vaca!
Calor, nééé?
Segundo Ivette, homem com cara de homem!
Consultada, Betty disse que faria de hoje até o dia do juízo final. E você?
Colaborou na enquete: Ivette Góis.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Mudança na programação - volúpia e sedução
(Clique na foto para ver melhor)
O Leite de Cobra, entrando em sintonia com as ondas hormonais da TPM, dará um tempo na programação atual de textos em prosa poética, poesia e demais manifestações literárias e iniciará, amanhã, o retorno da Enquete Betty Faria, com o Bofe of the week sugerido pela nossa querida Ivette.
Estou reeditando as enquetes em termos, porque elas dão um trabalho danado, diga-se de passagem: não é fácil e exige tempo ficar zanzando atrás de fotos fazíveis pela net afora. Por isso, elas só continuarão mediante a colaboração de vocês. Minha vida está meio de cabeça pra baixo - depois explico, calma! -, assim, se quiserem manter a umidificação em caráter semanal ou mensal, colaborem!
E os rapazes também: mandem indicações de nomes e fotos para a Enquete Marcelo Faria, desde que se mantenha a compostura que é de praxe nas enquetes. Fotos de vaginas, peitos, bundas e penises (penes) - só sei em inglês, quem souber o plural em português, favor informar - serão sumariamente deletadas. Digo isto porque vocês não têm noção das marmotas que já enviaram para eu publicar...
As fotos podem ser mandadas para o e-mail daqui do blog, que você chega quando clica em Visualizar meu perfil completo ou para o Gmail, que quem é de casa, sabe.
Para ilustrar a reviravolta temática, o muso das moças e de (alguns) rapazes do Leite de Cobra: Hugh Jackman forever. E ai.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Não sei de cor
Não sei poemas de cor, embora estejam dentro de mim, prontos para serem ditos.
Não sei poemas de cor, não sei declamar, sei apenas ficar quieta diante deles.
Sou uma blague, uma farsa, um acúmulo desordenado de pés sem cabeça, nem pé nem cabeça nem tronco nem membros, só vertigem em meio ao caos e às vidas alheias, tão exatas e ordeiras.
Respiro o cheiro nauseante de fantasmas antigos, todos guardados, todos prestes a tomar, em motim e dentes, o que lhes é de direito. No entanto, resisto, um pouco a cada dia. Até quando?
Não sei poemas de cor, mas sei um pouco da dor, matéria bruta de que são feitos. E se num dia de sol como hoje, a felicidade me espreita, esqueço a folha em branco e sigo com riso largo, fácil - quem disse que não sei fingir?
Talvez, por isso, eu não saiba poemas de cor: eles fogem de mim porque não me entrego, resisto-lhes. Até quando?
domingo, 2 de agosto de 2009
O Amor
Um dia, quem sabe,
ela, que também gostava de bichos,
apareça
numa alameda do zôo,
sorridente,
tal como agora está
no retrato sobre a mesa.
Ela é tão bela,
que, por certo, hão de ressuscitá-la.
Vosso Trigésimo Século
ultrapassará o exame
de mil nadas,
que dilaceravam o coração.
Então,
de todo amor não terminado
seremos pagos
em inumeráveis noites de estrelas.
Ressuscita-me,
nem que seja só porque te esperava
como um poeta,
repelindo o absurdo quotidiano!
Ressuscita-me,
nem que seja só por isso!
Ressuscita-me!
Quero viver até o fim o que me cabe!
Para que o amor não seja mais escravo
de casamentos,
concupiscência,
salários.
Para que, maldizendo os leitos,
saltando dos coxins,
o amor se vá pelo universo inteiro.
Para que o dia,
que o sofrimento degrada,
não vos seja chorado, mendigado.
E que, ao primeiro apelo:
- Camaradas!
Atenta se volte a terra inteira.
Para viver
livre dos nichos das casas.
Para que doravante
a família seja
o pai,
pelo menos o Universo;
a mãe,
pelo menos a Terra.
Vladimir Maiakovski (1923)
sábado, 1 de agosto de 2009
Memória afetiva é uma coisa séria e muitas vezes a dimensão de certos fatos só é percebida anos depois. Quando eu era menina, tipo uns 7, 8 anos, costumava ler uma enciclopédia histórica do meu avô, da Editora Bloch - um dos tomos, por sinal, tenho comigo. Num deles, de História do Brasil, havia umas páginas dedicadas a
Tiradentes, à Inconfidência Mineira e coisa e tal. Mas o que me impressionava mesmo eram as fotos do cara com a corda no pescoço. Outra, pior ainda, era a das partes do corpo arrancadas e penduradas não lembro onde, aquelas fotos clássicas da execução. Anos depois, as peças se juntam e encontro, nesse desvão da memória, a resposta para algumas questões. E certos insights vêm nas horas mais improváveis: estar atento a pequenos detalhes faz toda diferença. Racionalizar é preciso, embora quebre o encanto da maioria das coisas.
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