quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A terapia do tanque





Pois é, seus desocupados, enquanto vocês dormiam até babar a fronha, eu estava na faxina, deixando a casa um brinco (é a nova!) para o fim de semana que se aproxima. Sim, porque aqui o povo adoura fazer seuviço doméstico no fim de semana: bater prego, furar parede, trocar o piso da casa, pintar, fazer casa pra cachorro e, claro, organizar a residência no que se refere àquelas maravilhosas tarefas que lhe são inerentes. Como ainda sou turista por essas bandas e não posso trabalhar nem estudar, prefiro descarregar o meu ódio desse idioma que eu ainda não entendo o suficiente pra dizer uns bons desaforos mandando ver num super faxinaço e deixar o fim de semana para o bordejo. De falta de emoção aqui no blog vocês não podem reclamar.

No mais, o tempo aqui está muito doido, mil previsões pra chuva (e tem chovido, se é que dá pra chamar essa garoazinha chata de chuva...), mas agora mesmo tá um solzinho super gostoso, nem acho ruim, é tudo que eu gosto sem precisar ficar pegajosa, eca.

Vou almoçar, ou melhor, fazer um lanchinho porque aqui não rola essa de pf pra almoço.

Qualquer novidade eletrizante, estarei de volta.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Das Nederlândias



Ando com uma preguiça do cão de postar, que já vem de há muito. Daí que junta com o frio que está chegando -- já saí pra correr com o termômetro marcando 1 grau, mas a sensação térmica no peduvido leva para alguma coisa abaixo de zero, com certeza --, mais o desesperador fato de as aulas de Maricota só começarem no dia 3 de novembro (sim, a criatura está há exatos 14 dias sem aula e vocês façam as contas de com quantos ficará até lá), aliado ao fato de que aqui Isaura c'est moi (nem estou me queixando porque tudo aqui é muito prático e, com um mínimo de organização, as coisas ficam apresentáveis em pouquíssimo tempo, isso sem contar com o auxílio luxuoso de Paul, que continua mandando muito bem na cozinha, obrigada), sem esquecer de que, sim, a vida está cheia de novidades e pouco tenho tempo de vir por essas bandas internéticas.

Além do mais, eu estava precisando de um break geral. Meus últimos tempos aí no Brasil foram punk rock hard core Alto José do Pinho. A doidice foi tamanha que viajamos dia 30 de setembro às 22h,e às 15h desse mesmo dia, estava eu ainda no consulado pegando carimbo do digníssimo cônsul em terras recifis. E na minha última noite na minha macia caminha, em que eu jurava que ia sonhar com os anjitos, eis que uma ligação imbecil, de gente que acha que o mundo gira em torno do próprio umbigo, me deu tanta raiva que o sono foi para o lugar onde essa pessoa era quem deveria ter ido... Mas, enfim, recuperei meu sono depois e do episódio a conclusão permanece a mesma: tem gente que não muda, por mais que o tempo passe...

Por aqui, estou turistando ainda, quando o bicho pega em holandês, corro pro inglês, minha zona de conforto, a qual eu não deveria recorrer, mas, por enquanto, é maior do que eu. Assim que Mariana começar as aulas, volto ao estudo de vera.

Os dias têm sido agradáveis e tem feito sol na maioria deles. Claro que aquele ventinho gelado empurra sempre o nego (aqui, o galego) pra sair da sombra, nada insuportável ainda, mas a tal da chuvinha, que nunca chega a ser toró, é aquela garoazinha chata, essa, sim, enche o saco. Tudo completamente suportável, mesmo porque o estoque cervejeiro se adapta bem às quatro estações.

Mariana sente falta das amigas e da escola, é natural. Quando as aulas começarem, a coisa muda. Estou preparada para um começo difícil, ela não se sente confortável por não entender holandês. e poder se comunicar com as crianças que eventualmente encontramos. Domingo passado, fomos no Pathé ver The Legend of the Guardians, dublado em holandês, claro. Confesso que boiei em algumas passagens, mas Paul se sentou estrategicamente entre nós duas e traduziu as coisas mais importantes. Ela saiu feliz. Tem de ser assim, nessa hora, tudo ajuda na aquisição do novo idioma. O que eu preciso fazer mesmo é o curso que fez a princesa Maxima, que falou holandês em um mês, reza a lenda. Tinha de ser argentina...

Por enquanto, é isso. Vou tentar escrever um pouquinho a cada dia, porque se não for assim, nunca mais sai um post.

Beijos pra vocês e tot de volgende keer (até a próxima vez).