segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Abu Ghraib é aqui!


Quando estava grávida de Mariana, fiz algumas promessas:

  • Amamentar por mais de um ano;

  • Não dar refrigerante até que ela tivesse idade suficiente pra tomar escondido;

  • Não oferecer mamadeira;

  • Não oferecer chupeta;

  • Estimular brincadeiras legais com brinquedos bacanas, em outras palavras: Barbie, go away!

Isso só pra lembrar de algumas. Com as três primeiras, sucesso total. Mas não consegui evitar nem a chupeta nem a Barbie. E como a chupeta já é assunto liquidado desde abril de 2007, acho que só me resta aceitar o fato, claro como a luz do dia, de que a Barbie é imbatível, uma hora ela chega e se instala. Não tem como remar contra a maré nesse caso.

Minha implicância com ela vem do fato de eu achar que é bem sério isso de inculcar em meninas a partir de 3 anos um ideal estético muitas vezes incompatível com a realidade. Pô, ver minha filha com 4 anos querer se vestir, pintar! e ser como uma sirigaita peituda e anorética é de lascar. Não li os livros sacais de Simone de Beauvoir pra passar por isso, mas a teoria é bem outra na prática mesmo.

Um belo dia, estranhei o silêncio no quarto de Mariana e fui assuntar. Deparei-me com uma instalação digna da pós-modernidade: todas as Barbies se encontravam na situação exemplificada abaixo.

Antes que alguém me diga que preciso analisar o comportamento da menina enquanto externalização de algum padrão de agressão inconsciente, declaro que me senti vingada !

Orgulho da mamãe!

5 comentários:

Anônimo disse...

A Barbie realmente é onipotente,não só ela mas a marca como um todo:roupas,sapatos,cadernos...
É um ritual de passagem das meninas de hj em dia mas tb me preocupa a questão da imposição do padrão estético.
Ainda bm q mari virou a mesa.rsrsrs

Bjos e []s

Ivette Góis

Unknown disse...

Vixe... Aqui em casa, as Barbies só passam uns dois dias sem serem incomodadas, depois elas são transformadas em testes sádicos infantis... kkkkkkkk

Beijos!
Rogerio Lippo

Kenia Mello disse...

Rogério, você não imagina o alívio que me deua gora.
Apesar do orgulho pela minha garotinha, não deixei de pensar na externalização de algum padrão de agressão inconsciente. Hehehe
Beijos e apareça mais!

Expedito Paz disse...

Piores que as bonecas são os outros produtos da Barbie, que estimulam, dentre outras coisas, o consumismo desenfreado. Um dia desses, a filha de uma amiga tava lendo um livrinho que dizia que a Barbie tinha um guarda-roupa enorme, com uma roupa nova por dia... imagine isso na cabeça de uma criança de quatro, cinco anos?

Kenia Mello disse...

Imagina isso, Expe, no bolso dos pais de uma criança de quatro, cinco anos?
Ah, uma jaula!