sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Crise dos 40



Não recordo exatamente onde nem com quem surgiu a conversa, mas lembro de alguém, na minha faixa etária - faço 42 em abril -, dizendo que depois que entrou no time dos quarenta, sentia-se uma mulher invisível. A afirmação me deixou perplexa porque, quando isso aconteceu, jamais passava pela minha cabeça algo assim: para mim, ter quarenta anos estava sendo uma fase de plenitude física, intelectual e emocional. Como sempre pratiquei esportes, saúde e disposição física somadas a uma compreensão maior das coisas me proporcionavam uma bagagem que se traduzia na sensação de achar que a coisa toda estava só começando e bem, diga-se de passagem.

Mas eis que do meio até o fim do ano passado, a famigerada crise dos quarenta começou a dar sinais de existência. Não que eu me achasse invisível, muito pelo contrário, mas alguma coisa não estava mais se encaixando. Eu já não era mais uma mulher de vinte ou trinta e poucos anos. Tampouco uma senhora. Foi um período de me sentir meio no limbo, suspensa, sem identidade. E por mais que as pessoas mais chegadas dissessem que eu estava bem, bonita, madura e segura de mim, nada parecia me consolar: entrava por um ouvido e saía pelo outro. Tudo me soava a prêmio de consolação, inclusive a sinceridade alheia, que naquela altura do processo, eu não considerava tão verdadeira assim.

Nesse período, a cabeça foi a mil e a sensação de game over se instalou de maneira cruel. E uma das coisas que mais pesou foi saber que dali a pouco anos, minha vida reprodutiva chegaria ao fim. Não que estivesse nos nossos planos ter mais filhos - até estava, mas sem muita convicção -, mas encarar essa verdade de frente doeu. A cada vez mais próxima chegada da menopausa e, claro, o medo da invisibilidade me acuaram. Senti-me frustrada e insegura. E em nada ajudava servir de ponto de referência com termos como coroa, por exemplo. Porque, putz, o tempo passa tão rápido! Certo que existe um grande hiato entre o tempo da primeira faculdade e hoje. Muita coisa aconteceu de quando eu tinha 18 anos e de todas as coisas, boas e más, que vivi até aqui. Mas, por dentro, a chama é a mesma, a energia, apesar de diminuída para algumas coisas, vibra com a mesma intensidade. Sou a mesma pessoa de vinte anos atrás, mais sábia, mais segura e... mais velha. Aceitar as mudanças positivas é fácil demais, mas ver que a pele já não é mais a mesma, lutar um duelo de titãs contra a balança por causa de uma simples estrepolia gastronômica, já não dormir mais como uma pedra e, ah, sentir a finitude da vida de maneira concreta é barra pesada. E tudo dói demais no processo, até o que antes nem se percebia.

Mas do jeito que a crise se instalou, de mansinho e sem que eu sentisse, também se foi. Confesso que comecei o ano sem muitas expectativas, mas à medida que as coisas foram acontecendo, a poeira foi sacudida e a fase negra parece ter passado. Descobri nesse período que, por mais que queiramos, o tempo não volta mesmo. Você pode até resgatar um pouco de quem você foi, cobrar de volta certos gestos, convicções e interesses que o passar dos anos, as responsabilidades e a exigida seriedade te roubaram. Você pode trazer de volta a doçura, a vocação para acreditar nas pessoas (sem a ingenuidade inicial) e, sim, isso vem de lambuja: a capacidade de rir de si mesmo, dos seus erros e das suas limitações. Não levar tanto as coisas a ferro e a fogo, não se levar muito a sério. Essas coisas, que beleza, só chegam com a passagem do tempo. Mesmo.

Ultimamente tenho encarado a vida com mais leveza e de pouca coisa não tiro motivo para rir. Mas também tem dias, nublados e chuvosos como estão estes dois últimos, nos quais pinta uma saudade tão grande que companhia alguma preenche. É o vazio do que não volta mais: pessoas amadas e tudo que as rodeava. Acho que envelhecer é isso: sentir saudade de tudo, até do que não se sabe exatamente o que é. Mas estou aqui de peito aberto e com a certeza de que ainda muitas águas vão rolar e o melhor é que aprendi que posso simplesmente deixar a correnteza me levar quando o cansaço bater.

Enquete Marcelo Faria



Atenção, rapazes, não pensem que vocês estão escanteados! Na próxima segunda-feira, teremos, depois de longo e tenebroso inverno, a Enquete Marcelo Faria. A Baranga of the week é puro charme, poder e sedução! Aguardem!






I want to be alone.





Update: Não estou deprimida, gente, só queria fazer a linha Greta Garbo, entendem? :P
Se bem que estar só às vezes é muito necessário.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Vacas dão mais leite quando ganham nome






Segundo pesquisas da Universidade de Newcastle, na Inglaterra, as mimosas produzem 260 litros a mais de leite por ano quando têm um nome pra chamar de seu.

A quem interessar possa, a vaca aí de cima se chama Angelina Jolie. Desabafei, pronto.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Amigos são presentes de Deus...






Pois sim, vai cuidando que o biscatão aí de cima ainda vai dar a Elza no seu marido, bunita.

Cara de quem se aprofundou na mescalina e não percebe que a sua passagem (só de ida) para as Ilhas Fidji já foi comprada:





(E antes que venham dizendo que não sabem quem são as personagens, que não acompanham novela, Zzzzzzzzz etc., mando todos praquele lugar, certo? Excetuando as amigas que não assistem por falta de tempo mesmo, claro)

Por mais songamonga que a criatura seja - na real, você não sacaria o olhar de peixe morto pra cima do seu bofe, não? -, o tema da inveja, rivalidade e competição entre 'amigas' sempre dá muito pano pra manga. Quem já não teve um exu desses em algum momento da vida?

Falando por experiência própria, tive uma amiga, lá pelos idos dos anos 80, que não podia me ver interessada por um rapaz que, pimba!, dava um jeito de chegar junto. Estudávamos psicologia, morávamos perto e sempre saíamos juntas. Como eu gostava realmente dela, relevei muitas coisas porque sempre achei que uma amizade verdadeira (e não era?) vale mais do que um amor passageiro. Evidentemente que, com o passar do tempo, fui dando o truque na amadinha e não contava mais nada da minha vida sentimental. O tempo e algumas decisões pessoais trataram de nos afastar: ela foi fazer a Elza dela num kibbutz, em Israel. Espero que ainda esteja por lá, bem na Faixa de Gaza...

E vocês, amigas, já passaram por situação semelhante?

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Aos quase 42 do segundo tempo



Todo mundo diz que à medida que a idade vai avançando (eufemismo babaca para o envelhecimento), vamos ganhando em sabedoria, serenidade e paciência. Rá. Pois comigo a banda não está tocando dessa forma, não. Certo que eu nunca fui um poço de paciência e nisso realmente tenho melhorado, aos pouquinhos, mas tenho. Serena, eu? Nem dormindo (e olhem que Vizinho de Cima tem colaborado)...

Aos quase 42 anos, até me acho meio sabidinha, um pouco mais maliciosa para as sacanagens alheias, mas meio desfocada no que diz respeito à natureza das pessoas. Eu até tenho uma puta intuição, mas, contraditoriamente, com esse tal avanço da idade, perdi a mão de ouvi-la. Preciso prestar mais atenção aos meus sinais e aos alheios. Acho que por causa da macrobiótica, incensos, hippiesmo de butique, papos cabeça de estudante de psicologia e outras lérias de vinte anos atrás, tomei abuso das energias que emanam, do Universo que conspira e de outro tanto de besteiras. O ruim disso é que não dá para colocar tudo no mesmo balaio de gatos e deixar a sensibilidade totalmente de lado. Isso, sim, o tempo está me ensinando.

Porém, uma coisa tem piorando com o passar dos anos. Tudo tem cara de reprise, sabem como é? Ando tão cansada de certas coisas e situações... E eu sei que isso é uma baita chatice. Eu até me esforço, tento me divertir, entrar no clima da coisa e das gentes, mas não dá. Ando abusada pra cacete, essa é a verdade. Preferindo um bom livro a uma prévia de Carnaval em Olinda. Achando que reunir amigos pra beber e conversar bobagens lisérgicas em um lugar privado é muito melhor do que ir a qualquer bar esperto e da hora - mesmo porque poucos bares aqui de Recife ainda me dizem alguma coisa. É, nunca pensei que fosse chegar a esse ponto, mas cheguei. Tem horas que me olho no espelho e dou de cara com uma estranha. Isso é que é o passar do tempo. E isso é uma merda federal, eu acho. Amanhã pode ser até que eu mude de ideia e resolva escrever de acordo com a nova norma. Mas como Norma é a minha mãe e ela não muda nunca, continuo do contra, pelo menos aqui e até 2013.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Delícias da terrinha



Queijos de coalho





e de manteiga





Escondidinho de charque





Bolo-de-rolo





Tapioca





Bolo Souza Leão





Cartola





Casquinho de caranguejo





Comidinhas juninas





Carne-de-sol





Porque hoje acordei necessitando fazer o mal. ;)

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Educação sentimental



Você, minha amiga solteira e desimpedida, que curte os embalos de sábado à noite, que acha que a fila anda e a catraca é seletiva, já passou por esta situação chata, não é mesmo? The day after... O momento em que você acorda e quer mais é estar sozinha no aconchego do seu lar. No entanto, um ser estranho e inerte divide o espaço da sua alcova com você. Ai, que problema, ai, que saia justa. Você pensa em todas as possibilidades de expulsar o rapaz com classe, etiqueta e sensibilidade, mas não acha uma saída honrosa. Se você já passou ou sabe que vai passar por isso, não se aflija, aqui está a solução para este problema operacional e logístico:




quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Enquete Betty Faria

Bofe (umidificante) of the week

Sérgio Marone

Biografia paupérrima, mas é ator, tem 28 anos incompletos (Betty, sua devassa!) e namorou a arroz de festa internacional Naomi Campbell. As imagens compensarão a falta de texto.


Ui!





Será que se cria?





Tenho a impressão que sim...





Calor, né, fio?





Pode ficar à vontade que ninguém está olhando.





Rapaz prendado... Betty disse que, por esse aí, ela passava o dia todo no tanque...





Pausa pro café porque ninguém é de ferro.





Tadinho, cansou. Está na hora de dormir, né, gente?





Vocês acham que Betty faria?

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009






Meu querido Nei indicou o Leite de Cobra pra receber o selo acima, que atesta a gostosura que é freqüentar (com trema mesmo, cacete) a birosca aqui. Será café com Leite de Cobra alucinógeno, minha gente? Qualquer informação, avisem.

Palavras de uma Batata sobre o prêmio: Este selo teve início no blog Café com Notícias, do jornalista Wander Veroni, e é dedicado aos "blogueiros que possuem um trabalho de alto nível e de qualidade". Este selo pode e deve ser passado para frente, ok! Ah, lembrando que o ganhador do selo deve colocar o nome e o link do Café com Notícias no post que dará o selo ao outro possível blogueiro premiado. Sintam-se à vontade nas suas indicações.

Daí que vou indicar 5 blogs dos que leio sempre. E vão ser blogs daqui de Recife:


Post de Gasolina - Blog de Pezão, também conhecido como Sérgio Valença. Adoro: ele é mal-humorado, chato, criativo, doce e revoltado, qualidades que compartilho em graus variados.

Alta Fidelidade - Da minha querida Vicky.

Bodega - De Ivan Moraes Filho.

O Bacurau - Blog esculhambo-recreativo do meu amigo Fábio Barros.

Maio, 26 - Da Sweet Valentina.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Sustos



Nasci e o mundo aqui fora me causou estranheza: vozes difusas, luzes às quais meus olhos não estavam acostumados, mãos que me pegavam e cuidavam, mas que também me despertavam do sono. E eu, assustada, não sabia que isso era o começo de tudo. Só pude chorar.

Fui crescendo e alguns abris se passaram. E continuei me assustando porque, criança, não entendia as palavras e olhares velados que as pessoas usavam para dissimular mistérios que eu tão cedo desvendaria. Não chorei porque tinha o coração ainda intocado pela dor que mais tarde faria romper as comportas do meu peito e desaguar, como quem precisa matar a sede do mundo todo.

Mais dias e noites se passaram e mais sustos vieram: olhei no espelho e vi um corpo desconhecido, que mudara sem que eu me desse conta. Conheci e guardei segredos também, meus e alheios. E não chorei. Finquei os pés no chão, achando que olhar o mundo com certa petulância me livraria de sobressaltos. E chorava escondido, de noite, abafando os soluços no travesseiro. E adormecia quase sempre exausta. Noites e noites se passaram. E dias e mais dias vieram. Outros sustos, perplexidade e mais nada. Durante anos, o choro deu lugar à raiva, ao ressentimento e à dureza. E mesmo ainda apavorada com a crueldade que eu julgava impossível, ainda tendo, depois de tantos anos, uma certa falta de malícia para as coisas mais óbvias, travei o choro.

Aí um dia saiu de mim um choro que não era meu e eu decidi amenizar seus sustos, ser seu cão de guarda. E mesmo sendo inevitável o assombro diante de tudo, tratei de fechar a porta da rua, proteger seu corpo, alimentando e aquecendo-o do frio, das dores e dos pequenos desencantos. E, sim, coloquei as mais belas flores no seu cabelo, que crescia em ondas de mar calmo. Em troca, ela me ensina que devo deixá-la ir, um pouco a cada dia, abraçar o mundo. E mesmo sabendo que eu não devo fazer absolutamente nada para impedi-la, bate no peito, às vezes e quando a noite é bem alta, uma vontade imensa de lhe pedir que não vá. Mas eu sei que não devo e aceito isso. Por mais que eu sempre me assuste, ela desatou os nós do meu peito e agora eu consigo chorar.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Enquete Betty Faria



Na próxima quinta-feira, Betty trará um bofe que é escândalo, poder, causação, luxúria e glória. Aguardem de leques e ansiolíticos na mão.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Gente estúpida






Falando no Rio de Janeiro, a estátua de Carlos Drummond de Andrade, que fica no calçadão de Copacabana, foi vandalizada novamente. Perdi a conta de quantas vezes a situação já se repetiu. Acho que a solução seria apelar para a licença poética e colocar lentes de contato no coitado. Só fazendo piada mesmo... Mas é vergonhoso. Será que se no lugar de Drummond fosse colocado o busto, ou melhor, a bunda da Mulher Melancia, o vandalismo seria o mesmo? Porque num país onde poucas pessoas sabem quem foi o Poeta e a sua importância para a nossa literatura, mas consideram a mulher-mondrongo o ícone da brasilidade, tudo é possível.

sábado, 17 de janeiro de 2009

A vingança de Jen






All my dreams came true.

Carrinho de chopp






A febre do verão carioca. Quero um desses aqui em casa. :)

Qualquer maneira de amor vale amar



Eu não sou contra o amor de pessoas com grande diferença de idade entre elas. Da mesma forma, nada tenho contra o amor e a união entre pessoas do mesmo sexo. Eu não sou contra o amor, ora bolas. Porque com ele, mesmo que não dure para sempre, é a única maneira de se sentir realmente vivo. Qualquer forma de amor.

Queria deixar isso claro porque, quando posto alguma coisa envolvendo a situação de uma mulher mais velha que foi traída e humilhada publicamente por um marido mais jovem, não estou me posicionando contrariamente à relação em si. Não me passa pela cabeça que essa mulher deveria procurar um homem da sua idade ou que ela deveria conhecer seu lugar de velha. Jamais. Ela é jovem e se sente jovem, que mal há nisso? O ideal para ela seria arrumar um homem de 70 anos? Ah, mas e se fosse um homem de sessenta com uma moça de 30 e poucos estaria tudo bem? Machismo puro. O que acho fundamental, em qualquer fase da vida, é estar cercada de pessoas de bom caráter, qualquer que seja o tipo de relacionamento. Carência nenhuma justifica colocar o(a) primeiro(a) vigarista que se vê pela frente na nossa vida de mala e cuia. Foi atração? Quer sexo? Perfeito, vá em frente. Mas se espera de alguém com vivência e maturidade pelo menos alguma lucidez nas escolhas pessoais.

Porque chega uma hora em que, por mais que você saiba que as coisas do coração são meio incontroláveis, os calos adquiridos ao longo da vida deveriam mostrar que certas situações não compensam o risco, não valem à pena. Ou até valem desde que a cabeça continue suficientemente lúcida para dizer até onde se deve ir. Infelizmente, não se pode ter tudo e ainda sair sem nenhum arranhão de muitas situações ao longo da vida. E saber lidar com as frustrações decorrentes dessa constatação é um desafio que não acaba nunca.

Mas se o negócio for fazer o que der na telha, tudo bem. É uma escolha. É um ato de rebeldia e coragem. Só não venha depois dar uma de vítima. Banque a sua aposta de cabeça erguida e saia da mesma forma, mesmo que tenha dado com os burros n'água. Assim tem todo o meu respeito.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Momento Lavagem do Bonfim






Depois que o falecido esfriou no túmulo, Senhora do Destino botou a boca no trombone. Disse que Cafuçu filmou-a no banho, de touca e lavando as partes íntimas. Com isso iria chantageá-la: caso não lhe desse 500 mil reais, o vídeo seria publicado. Pergunto eu: alguém tem interesse em ver Maria do Carmo fazendo banho de assento? Realmente, o forte de Cafuçu não era a inteligência.

Momento Despeito






O que é a cara de Kate Winslet diante da lordose de Jennifer Lopez, minha gente? (Clique na foto para melhor visualizar). Sim, porque no tapete vermelho do Globo de Ouro só deu ela, JLo, de doirado ofuscante, cara de abuso e cólica menstrual.





Morra de inveja, Titanic.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Momento Psicológico



Muito se tem falado na novela A Favorita, que está na reta final. Apesar de não acompanhá-la - nem a qualquer outra, não por pedantismo intelectual, mas por falta de tempo mesmo -, sem dúvida que Patrícia Pilar, na pele da personagem psicopata Flora, está perfeita, pelo pouco que puder ver.

No entanto, outra personagem tem sido objeto da minha análise e curiosidade. Trata-se de Dedina, vivida pela linda Helena Ranaldi. Deram um jeito de enlouquecer e matar a moça, ao invés de realizar uma reflexão honesta nas suas motivações e sentimentos. Exigências do IBOPE e de um falso moralismo nacional, que acha outros tipos de imundície a coisa mais natural do mundo, mas isso é outra história.

Então, resolvi lançar a questão para vocês:

O que levou Dedina a trair Elias, seu marido?

a) Falta de vergonha na cara, afinal, uma mulher casada tem que se dar ao respeito

b) Insatisfação, carência afetiva e sexual

c) Falta de diálogo e abertura na relação

d) O desgaste natural de anos de casamento

e)




























terça-feira, 13 de janeiro de 2009

domingo, 11 de janeiro de 2009

Miséria é miséria em qualquer canto



Não vou escrever uma linha sobre o que está acontecendo na Faixa de Gaza da mesma maneira que não escrevi nada sobre as enchentes em Santa Catarina. Sobre este último, confesso que fiquei me coçando, mas resisti. Sem dúvida que todo o sofrimento das famílias desabrigadas, os mortos e desaparecidos me comoveram. Porém,
confesso que, sendo nordestina, já vi sofrimento demais, catástrofes demais, miséria demais causados pela natureza.

Aqui em Pernambuco, a exemplo do Nordeste inteiro, não ter o que comer, o que vestir, não ter água potável, ou melhor, não ter água nenhuma é coisa rotineira. Mães e pais vendo seus filhos morrerem aos poucos, à míngua, faz parte de um cenário de anos e anos a fio. Virou a epidemia da miséria. E de uma miséria que é capitalizada como estava sendo a da tragédia de Santa Catarina.

E, honestamente, não posso dizer que me comovi de ficar aos prantos, deprimida, como li que muitas pessoas ficaram. Claro que me angustiou profundamente ver na TV pessoas sofrendo por suas perdas familiares e materiais, mas, como disse, ser nordestino, mesmo não fazendo parte da grande população que vive na miséria, já é o suficiente para ter calos na alma. O que não quer dizer indiferença. Talvez revolta caiba mais. Pode ser medíocre, pode ser mesquinho da minha parte, mas pensei que talvez grande parte dessa sensibilização nacional tenha se dado porque o infeliz na tela da TV era louro de olhos claros, gente que nós não estavamos acostumados a ver em condições sub-humanas. Porque já virou praxe ver uma mulher negra ou cabocla, nordestina, esquálida, com um bebê igualmente cadavérico na teta, cercada por mais meia dúzia de filhos, falando em falta d'água, com as panelas de alumínio no fogão completamente vazias, não é verdade? Cadê a comoção? A mobilização? E isso acontece todo dia, meus caros, toda hora. Quem lembra? Onde estão os grupos organizados? Onde estão as ONGs? Cadê os selinhos nos blogs pedindo ajuda, doação?

Já sobre Gaza não falo porque me dói. Tenho evitado ler e ver as imagens. Especialmente das crianças e velhos, que são o meu ponto nevrálgico. Sinceramente, não vejo solução próxima para um conflito que vem endurecendo nos últimos sessenta anos. Índole belicosa de ambos os lados, fanatismo religioso, ódio, interesses conflituosos e oportunismo são peças muito difíceis de serem equacionadas. Nossa razão ocidental tenta dar conta disso ditando receitas para uma paz que talvez nunca seja alcançada. Infelizmente muitas histórias não têm final feliz e nem sempre o bem e o mal podem ser tão cartesianamente delimitados. E ninguém é santo naquele balaio de gatos.

De uns tempos para cá, decidi que não vou me fragilizar por livre e espontânea vontade. Já sofri muito por causa dessa minha natureza de antena parabólica. Preciso de lucidez para cuidar da minha filha, de mim e de quem me cerca. Não posso mudar o mundo e nem quero, pois tampouco tenho certeza de que as minhas decisões
seriam as mais acertadas. Podem chamar isso de omissão e falta de engajamento. Podem me acusar de estar em cima do muro. Mas a maioria que pensa assim está fazendo algo concreto para ajudar além de teses revoltadas ou comoventes? Desde quando reproduzir fotos sangrentas da Reuters resolve o assunto? Pois em meio a essa loucura toda, eu opto por sobreviver.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Manhãs de sábado



Hoje, quando acordei, por alguns momentos vieram-me à boca antigos sabores, como muitas vezes me assaltam cheiros do passado, coisas que surgem assim do nada, mas que têm o poder de me levar de volta a um tempo e espaço que fisicamente não existem mais.

Na casa dos meus avós, o café da manhã do sábado era sempre o melhor. Porque minha avó trazia muitas coisas fresquinhas da feira. Porque não havia o horário da escola e nós podíamos, os três, comer aquelas coisas das quais eu gostava tanto (muitas ainda gosto). Porque, em dias muito quentes, tomávamos o nosso café da manhã na mesa da varanda que dava para o quintal, ladeada pela jardineira da minha avó.

E eram tantas as delícias: café com leite (trazido na porta pelo leiteiro), tapioca com manteiga, cuscuz com leite de côco, queijos de coalho e manteiga, carne assada, pelo menos dois tipos de bolo (quase sempre Souza Leão e bolo caseiro, daqueles simples), ovo frito, que era a especialidade do meu avô Belmiro: as bordas das claras chegavam a queimar, mas as gemas ficavam meio moles. Havia também bolachas, pão fresquinho e assado, inhame e macaxeira e frutas: banana, mamão e laranja.

Uma mesa farta, uma mesa nordestina, com toda certeza. Uma pequena celebração semanal. E se era mês de junho, as comidas de milho reinavam: munguzá, pamonha e canjica, milho cozido e o bolo de milho se juntava ao Souza Leão.

São lembranças, cheiros e gostos de saudade, comida e felicidade. Minha avó não parava de falar da vida, dos afazeres, dos problemas, dos amigos e dos familiares. Meu avô muitas vezes ouvia tudo calado ou falando apenas o indispensável, como era do seu feitio. E eu, se já soubesse que tudo que é bom dura tão pouco, teria respirado mais fundo aqueles cheiros, teria prestado mais atenção ao barulho da louça, teria mordido a crosta do pão assado com menos pressa, teria olhado para eles com mais ternura. Teria amado mais e desejado menos o mundo lá de fora.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Segredos íntimos



Vou dizer uma coisa a vocês: esses pitis de mulherzinha (do tipo do vídeo abaixo) me dão ânsia. Amo as minhas amigas que, quando chegam aqui em casa, junto com o abraço apertado de saudade, ainda me dão uma dedada, né, Re? Sei não, por que é que mulher pensa que o lindo é ser fresca? Quero mais é estar cercada de pessoas amorosas, que falam olhando nos olhos e que não têm a pretensão de ser nada além do que são.

Regina, amei sua visita, precisamos nos ver mais. :)

Uma questão de prioridade...






Confesso que sou da turma dos rapazes. ;)

Ah, o amor...






O inglês muito do lindo aí de cima era virgem aos 48 anos, mas como ganhou 8,5 milhões de libras (29 milhões de reais) na loteria, deu adeus ao encruamento e descolou essa não menos bonita noiva. Com esse dinheiro, dava para arrumar coisa melhor, viu, Chucky?

P.S. Alguém faz idéia do que pode ter sido esse machucado no olho do rapaz?

Vizinho de Cima - o retorno






Pois é, nesta semana Vizinho de Cima voltou a botar as manguinhas de fora. Na primeira noite (terça-feira), fiquei quieta, agüentei os arrastados em nome da nossa recente amizade. Mas na quarta, depois de ter ido parar na Urgência com Mariana (febrão por causa da garganta inflamada), foi cabada de vassoura em tudo quanto foi
canto do teto. É, gente, naquele momento, uma lágrima voltou delicadamente para dentro do meu olho esquerdo. Dona Maria, a Louca, tinha que incorporar depois de duas noites insones plus criança doente, né?

Daí que, na quinta de manhã, eu estava na esteira da academia e o bonito vem justamente para a do meu lado... Como já estamos íntimos, fui logo dizendo: Ontem você estava com a corda toda, hein? E não é que ele disse que não foi lá porque, no horário em questão, ele estava jantando fora (até pra mentir ele é chiquérrimo, o problema é que não me engana). Safado. Quando afirmei categoricamente que tinha sido lá, ele afinou e jogou a culpa na empregada, coitada, sempre elas...

E continuamos nosso papo sobre amenidades, como velhos amigos que falam sobre tudo, inclusive sobre assuntos desagradáveis. E é isso aí, fez barulho, a vassoura come, leva baile no outro dia e vamos tocando a vida. E sempre sorrindo porque somos pessoas civilizadas. Não me arrependo nunca dessa aproximação, pois no final, meus
queridos, a política da boa vizinhança é a única em que ainda confio. Foi um santo remédio, ontem não houve mais perturbação.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Enquete Betty Faria

Sentado eu sei que todo mundo está, não é mesmo, gente? Pois coloquem um copo de água com açúcar do lado porque não quero ver ninguém amarelo com a cera do Santíssimo, viram? Quem for da turma da pressão alta, bote logo um comprimidinho debaixo da língua e se prepare, porque o assunto é sério e requer cautela.

Com o auxílio luxuoso da minha querida Sue Holder, Betty hoje traz para vocês, para abrir 2009 em grande estilo, um bofe dos deuses, com toda certeza.

Bofe (espetáculo) of the week

Saki Rouva

A criatura é um cantor grego e ganhador do título de homem mais bonito do mundo.
Quem quiser saber mais detalhes do bonito, vá no Google, tsá? :P


Deus Grego





Ai, ai...





Betty já comprou a passagem, só de ida, para as Ilhas Gregas, não quer nem saber...





Ado-a-a-ado cada um no seu quadrado... - Betty matou as aulas de geometria...





Procuram-se costureiras...





Dizem que a Senhora do Destino, já refeita da comoção, está de olho. Betty promete dar-lhe na cara se ela ousar fazer bico pro moço...





Cansou...





Existe alguma dúvida se Betty Faria? E vocês?

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Enquete Betty Faria



Miguxas de fé e bichas amigas, segurem os fluidos e as efervescências até amanhã porque Betty vem disposta a causar horrores! Ela avisa que não ficará pedra sobre pedra...

Enquete Betty Faria, amanhã, quinta-feira, no seu, no meu, no nosso Leite de Cobra. Tcharam.

Coração de estudante (quase enfartado)



Uma das novidades de 2009 é que dia 6 de fevereiro começarei uma pós-graduação em Literatura Brasileira. É uma das novidades, como disse. As outras precisam de tempo ainda para divulgação - porque eu sei que tem uma meia dúzia de almas sebosas que lê o Leite de Cobra torcendo pra saber de notícias... ruins. Se eu fosse elas, andava com um espelho sempre à mão, iam ter uma péssima notícia a cada instante... É com você mesmo, coisa tosca, que estou falando. Hahahaha (risada de Flora).

Hoje acordei atacada. Aliás, acordei relativamente bem pra quem dormiu pouco. Mas quando eu estava saindo do prédio, deparei-me com um rapaz perseguindo outro (pensem numa carreira desabalada!). O perseguidor repetia: Tu vai morrer e eu, de tão perto que estava, consegui ver que ele não estava armado. Se estivesse, a bonita aqui estaria na linha de fogo. Eu nem fiquei com as pernas bambas, sabem?

É triste a constatação: botou o pé fora de casa, você está sujeito a levar bala na cara. Uma cidade sem lei, sem polícia, sem segurança, sem porcaria nenhuma que te assegure voltar inteiro pra casa. Aliás, essa é a cara do nosso país. País do futuro. Negro.

Leite de Cobra News



A de baixo foi a boa notícia. A má é que o Vizinho de Cima me confessou ontem que está com insônia. E foi contagioso...

Lava roupa todo dia, que agonia...



Minha máquina de lavar chegou. Minha máquina de lavar chegou. Minha máquina de lavar chegou. Minha máquina de lavar chegou. Minha máquina de lavar chegou. Minha máquina de lavar chegou. Minha máquina de lavar chegou. Minha máquina de lavar chegou. Minha máquina de lavar chegou. Minha máquina de lavar chegou. Minha máquina de lavar chegou. Minha máquina de lavar chegou. Minha máquina de lavar chegou. Minha máquina de lavar chegou. Minha máquina de lavar chegou. Minha máquina de lavar chegou. Minha máquina de lavar chegou. Minha máquina de lavar chegou. Minha máquina de lavar chegou. Minha máquina de lavar chegou. Minha máquina de lavar chegou. Minha máquina de lavar chegou. Minha máquina de lavar chegou. Minha máquina de lavar chegou. Minha máquina de lavar chegou. Minha máquina de lavar chegou. Minha máquina de lavar chegou. Minha máquina de lavar chegou. Minha máquina de lavar chegou. Minha máquina de lavar chegou. Minha máquina de lavar chegou. Minha máquina de lavar chegou. Minha máquina de lavar chegou. Minha máquina de lavar chegou. Minha máquina de lavar chegou.

Fiquei bélgica! :)

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Enquete Betty Faria



Lorraine, suspende a roupa no tanque. Pamella, deixa o remelento chorar. Zoraide, coloque a maniçoba em standby. Rosicleide, as cuecas do maridão podem ficar mais um dia furadas. Corram aqui, que o assunto é sério!

Betty vai apresentar, na próxima quinta-feira, um Bofe of the week que é um verdadeiro escândalo, um abalo na saúde pública e privada! Aguardem e confiram. Porque nas férias, neste mês de calor e saliências, você merece muito mais que uma Bohemia bem geladinha. ;)

Lula em Fernando de Noronha






Ô delícia...