quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Rastros



Queria não ser feita da matéria que sou
ou da qual me transformei
Queria não ter tantas defesas e senões
Queria quebrar a casca e mexer meus medos
Mas, não, termino deixando-os esquecidos, num torpor que amolece meus músculos e nervos.
E apesar desse esforço, todo meu corpo sente e todos os meus sentidos avisam
que eles acordarão, é questão de tempo e das horas que sempre vêm
E eu sei o quanto elas podem me dilacerar.
Queria, mas falta coragem ou mesmo atrevimento de me deixar escoar
De me reescrever com as velhas tintas minhas conhecidas.
De me deixar levar ao sabor dos ventos e do que sou, ser folha solta no mundo num fim de tarde qualquer.
Mas isso dói e eu me perco na dor, sempre me perdi, só que antes eu não temia
os precipícios, as desventuras e as pequenas felicidades, aquelas que fazem o corpo formigar de vida e sobressalto.
Hoje eu sigo domando o indócil que fui e ainda vive em mim, trancafiado.
Mas dias já houve
E eu não me esqueço deles.
Nem sempre fui assim...

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Enquete Marcelo Faria



Pronto, com musiquinha e tudo pra ninguém ficar invocado achando que eu favoreço Betty. Calúnias, meus bens, calúnias. :P

Baranga of the week

Daniele Suzuki

Daniele Suzuki é descendente de japoneses, italianos, alemães e indígenas. Começou a carreira na televisão no extinto seriado de Sandy e Junior, na Rede Globo. Seu primeiro trabalho importante foi na pele da japonesa Miyuki, na telenovela adolescente Malhação. Atuou também na telenovela Bang Bang, no papel da personagem Yoko Bell.

Leia mais aqui.























Marcelo Faria. E você, leitor reclamão?

Prestenção!



Crionços, vai ter Enquete Marcelo Faria, mas só mais tarde. Correria, correria!
Segura a coisa que eu chego já! :)

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Enquete Betty Faria



Bofe of the week

Jude Law





Hey Jude, don't make it bad/Take a sad song and make it better/Remember to let her into your heart,/Then you can start to make it better





Hey Jude, don't be afraid/You were made to go out and get her/The minute you let her under your skin,/Then you begin to make it better.





And anytime you feel the pain, hey Jude, refrain,/Don't carry the world upon your shoulders/For well you know that it's a fool who plays it cool/By making his world a little colder.





Hey Jude, don't let me down/You have found her, now go and get her/Remember to let her into your heart,/Then you can start to make it better.





So let it out and let it in, hey Jude, begin,/You're waiting for someone to perform with/And don't you know that it's just you, hey Jude, you'll do,/The movement you need is on your shoulder.





Hey Jude, don't make it bad/Take a sad song and make it better/Remember to let her under your skin,/Then you'll begin to make it/Better better better better better better, oh.





Betty Faria, com a pontualidade britânica. E você?

sábado, 25 de outubro de 2008

Alucinemos






Valeu, Sweet, por ter adicionado . Gosto muito de Belchior, Elis também gostava.




sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Programação normal



Ok, ok, eu sei que os rapazes estão danados da vida por causa da Enquete, mas eu juro que na próxima quarta-feira tudo volta ao normal e com uma gatona de responsa - podem confiar.
E na segunda-feira, vamos ver se Betty Faria.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Enquete Marcelo Faria



Baranga of the week

Sou cachorra, sou gatinha/Não adianta se esquivar/Eu vou soltar a minha fera/Eu boto o bicho pra pegar...

Tati Quebra Barraco





Di bunita! Fechei.





Vamos tomar um drink?





O mar, você e eu. Vai encarar?





Boladona, eu boto o bicho pra pegar!


Marcelo Faria? Cadê Marcelo Faria?? Correu por quê, menino??

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Descarrego



Você sabe que precisa de uma sessão de descarrego quando:

* Sua máquina de lavar quebra, vai para a assistência e depois de quase um mês sem notícia, você liga e a secretária diz que a peça ainda não chegou de São Paulo.

* O misérável do Vizinho de Cima te acorda às 3 da madrugada e você não consegue mais dormir. Daí você ouve o galo cantar e quando o despertador finalmente toca, você pensa: de hoje esse cretino não passa.

* Na saída da academia, você suada, cansada e com fome, bota o pé na rua e pisa nos dejetos de cachorro que escolheu cagar justamente na porta do estabelecimento.

* A humanidade, em nível local, só fala da não-vitória do seu time. E no nível nacional, da morte de Eloá.

* Reclama com a sua filha de cinco anos e ela, braba como uma porca prenha, sobe num banquinho, trinca os dentes e te encara.

* Depois de botar a criaturinha de castigo, já com a enxaqueca gritando, fica ouvindo os gritos de Eu quero mamãe!

* Aquele último quilinho enguiça, não some, não se rende, não pede penico, por mais que você sue, passe fome e amaldiçoe o último ano sem atividade física e a sua total aptidão para a farra gastronômica e a vida dissoluta.

* Sua memória anda tão ruim que até na hora de xingar você se perde entre as várias possibilidades lexicais e termina deixando em branco o fato de vagabundo folgar com a sua cara.

* Você quer e precisa cortar o cabelo, mas a única criatura na face da terra em quem você confia pra isso está justamente sumida da face da terra.

* Mesmo sendo uma pessoa que naturalmente detesta adiar compromissos, sente-se de tal modo sem energia que deixar para depois virou a ordem do dia.

* Você já está se encaminhando para sair quando o celular, o interfone e o telefone tocam orquestradamente. E todos tratam do mesmo assunto: problema.

* Finalmente, depois de lembrar que você pregou chiclete na cruz, você ainda descobre que está com TPM...

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Enquete Betty Faria



O mais votado, o mais pedido, o mais aclamado!

Bofe (pára tudo) of the week:

Hugh Jackman, também conhecido como Wolverine

















Oi? A biografia? Vai aqui, meu bem.

Betty Faria. E você?

P.S. Antes que os rapazes se queixem de discriminação, desfavorecimento e blablablá, na quinta, coloco mais fotos na Enquete Marcelo Faria. Feito? :P

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Porque hoje é o dia do comerciário



E eu toda animada pra ir cortar o cabelo. Ai, ai... Dia do comerciário. Cabelón continua firme e forte. Aliás, tenho a impressão que ele é um ser além de mim, um parasita, sabem? Porque toda vez que eu invento de cortar ou ele acorda lindo e sedoso, ou a menina que corta está viajando/doente/de folga. Ou é dia do comerciário.

Ontem a cidade do Recife ficou em pé de guerra antes, durante e depois do jogo. Tá certo que eu gosto de confusão, mas a violência que se tem visto assusta. A puliça desce o sarrafo, leva sarrafo e a coisa continua de mal a pior. Falta de civilidade. Futebol, que deveria ser paixão e gréia, virou caso de segurança pública. E disseram que na hora da execução do hino nacional (obrigatória, talvez aí esteja o problema), o time do Náutico estava se aquecendo, o do Sport idem e ninguém ouviu nada. Uma lástima. Eu, que se me concentro um pouco choro quando ouço o hino nacional (e Asa Branca também e O Menino da Porteira também), fiquei indignada.

Acabaram de me mandar um arquivo de quase 9 MB. Não vou nem olhar o remetente pra não ter pena na hora de bloquear a criatura.

Falando em aceitar ou não, gente, não é má vontade, mas não mandem convite de Sonico, Hi5 e afins porque eu não dou conta. Às vezes eu até me empolgo e preencho perfil, mas não dá, vou apagar tudo. Mal uso o Orkut.

Semana passada, adivinhem quem fez esteira do meu ladinho? Dou um doce a quem errar. Sim, ele, o próprio, o amado Vizinho de Cima, que parece estar pretendendo se chegar. Já que eu não tenho barba, cabelón de molho!

E hoje é o aniversário da melhor amiga de todos os tempos. A mais sensacional de todas, a que mora longe, a que fumava Arizona comigo no muro do colégio, a que nem gosta de tomar uma, a que fez uma festona pra comemorar os 40 e eu estava lá, no telão, já que não pude ir. E como poderia ser diferente?

Parabéns, Nana.

Plantão do Leite de Cobra



Enquete Betty Faria só amanhã. Marcelo, na quinta. Porque hoje é o dia dos comerciários.

domingo, 19 de outubro de 2008

Sport x Náutico



Clássico dos Clássicos na Série A. Na Ilha do Retiro (mais conhecida como a Ilha de Lost).

Não fui ao jogo. Estou puta da vida. Palavras de baixo calão aqui hoje. Quem não quiser ler, pegue a reta. Estou assistindo on line. O retardado do meu primo foi.

18 minutos do primeiro tempo: o Náutico faz 1x0, gol de William Gilmar. Fudeu, mas vamos com fé.

26 minutos: torcedores do Náutico e do Sport quebram o pau entre si. Depois com a puliça. Mundiça dos infernos. Ah, eu lá...

28 minutos: a partida fica mais tensa. Eu quero sangue. Rosa.

Vem cá, Wiliam não é aquele do cabeção? Vou procurar foto pra provar que eu sou generosa.

Alguém mande uma foto de Wiliam pra mim, ofereço recompensa. O sapo eu já arrumei.

O técnico do Náutico discutiu com o juiz Alício e foi expulso. Tome, fraco.
Alício, bote pra decidir em cima dessas Barbies, meu filho. Alício, já lhe disseram que seu nome é lindo?

Eita, um gol, só não sei de quem foi ainda.

Alarme falso, parece. Esse povo aqui do Bode é um esparro só.

GOOOOOOOOOLLLLLLL - Aos 47, o xerife Durval bota a rede pra mexer. É nóis! 1x1. Segundo tempo tem massacre. Urruuuuuuuuuuuuuu!

E quem precisa dar banho e comida a menino? Eu! O jeito é acompanhar pelos gritos do Bode - não é nenhum ritual de magia negra, viram? O Bode é um bar aqui perto de casa, pra quem não é de Recife saber. Nem uma merda de um rádio de pilha tem nesta casa. Aliás, tem, mas tá cheio de água.

Nunca antes na história, essa criança tomou um banho mais mal tomado.

Começa o Segundo Tempo. E ainda tem a janta dela...

GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOLLLLLLLLLLLL do Papai da Cidade! Roger! 2x1 pro Bonitão!

Roger tira a camisa pra comemorar e Alício senta-lhe um cartão amarelo. Que é isso, Alicio?

Unhas. Pra que servem mesmo?

Mariana quer jantar. Mããããããe! Ela é do Náutico, igual ao pai. Eu mereço.

Com esse resultado, o Náutico volta pra zona de rebaixamento. E eu nem esperava por isso...

Já volto.

Eita, o Bode gritou e eu corri. Alguém fez.

Empate. Bosta.

E Mariana mastiga l-e-n-t-a-m-e-n-t-e...

E Mariana mastiga l-e-n-t-a-m-e-n-t-e... 18 minutos do segundo tempo.

Kuki who?

E Mariana mastiga l-e-n-t-a-m-e-n-t-e...

Até pra fazer xixi a menina enrola. É alvirrubra mesmo... Eu mereço.

É Nautêisseo uma pinóia!!! Cala a boca, Bode!

Público pagante na Ilha: 28.801 torcedores. Meu primo não está nesse total.

Ticão, do Náutico, que não tem o que fazer, marreta Sidny. Apela, mundiça.

Agora, a pior escovação já feita em Mariana. Já volto.

43 minutos - mais quatro de acréscimo. Olhem lá...

Meu sistema está nervoso.

E o Náutico comemorando empate. Ô bando de zé bombinha!

É na UTI co. Só se for lá mesmo. UTI.

Isso, preiboy, marreta pra segurar o empate, perna de pau.

Acabou essa merda. 2x2.

Ciao.

sábado, 18 de outubro de 2008

Serviço de Utilidade Pública



Alguém me empresta o corpo pra eu fazer supermercado?

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Sala de aula

ami

No dia dos professores, uma conhecida perguntou se eu gostava de sala de aula. De pronto, respondi que não. Estou afastada do meio há alguns anos e tomei essa decisão porque já não agüentava mais o cansaço - houve época em que eu entrava em sala às 11 da manhã e saía às 22h, com intervalo, claro, afinal, com escravo branco há que se disfarçar um pouquinho -, vivia afônica, tudo isso sem contar com o auxílio luxuoso de determinados alunos, que me lembravam a cada dia o quanto eram inúteis a motivação, a preocupação e a vontade que eu tinha de fazer as coisas acontecerem. Ah, caso alguém tire uma conclusão precipitada, adolescentes eram minoria entre os meus alunos...

Por outro lado, devo à sala de aula ter sobrevivido a uma separação. Não digo que ilesa, seria mentira e estaria dando muita moral para os meus alunos, muitos deles hoje leitores do blog. Vocês são uns chatos, mas sabem, né? Pois bem.

No meio de um período caótico, preenchido por incertezas, vazio, decisões a tomar, vazio, malas por fazer, malas por deixar, raiva, vazio, pena, negação, afirmação e mais vazio, eu só esquecia de mim dentro da sala de aula. Com meus alunos bons, que sabiam que as minhas paradas eram para respirar e não para outra coisa qualquer e respeitavam isso. Com meus alunos malas, que não entendiam nada e seguiam me cutucando, me testando, me enchendo a paciência para ver até onde eu suportava. Sim, sou grata a eles também porque me ensinaram que a imbecilidade tem sua serventia, especialmente quando ela impede de enxergar o óbvio e o óbvio muitas vezes é o detonador de todos os castelos de areia.

Nunca agradeci aos meus alunos, mas hoje é o dia. Pelo respeito, pela paciência, pela dignidade com que depois de cada esculacho meu (na maioria das vezes com razão) seguiam adiante, pela meia dúzia que ficava atenta e me trazia de volta ao ponto onde parei, depois das minhas muitas digressões, pelo afeto e pelo fato de fazerem questão de lembrar que eu era melhor do que eu achava que era. Muito obrigada.

E também agradeço a Maria do Carmo Queirós, Laurentino, Paulo Rosas, Luci di Biasi, Marlise Vaz Bridi, Maria Helena Peixoto, Hugo da Costa, Zélia Borges, Andrea Saad Hossne, João Sayeg, Maria Theresa Zambonim e Noemia Davidovich por terem me acompanhado a cada aula, por motivos e inspirações diversos. Eles, professores em
períodos distintos da minha vida, estiveram comigo nas muitas salas de aula, em cada poema lido, em cada tentativa de tornar phrasal verbs uma coisinha bacana aos olhos de uma audiência estarrecida, em cada análise de texto, em cada voada minha disfarçada de pausa estilística, eles, meus santinhos de cabeça - só não digam a Hugo que eu falei em santo de cabeça porque o gringo tem pavor de macumba.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Tempo, tempo, tempo...



Sempre ele. O que cura tudo.




quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Enquete Marcelo Faria



Nesta semana, a vez é dos morenos e nacionais (ou quase).

Baranga of the week

Gisele Itié

Gisele veio para o Brasil ainda criança. O pai mexicano e a mãe paulistana perderam tudo no terrível terremoto que destruiu a capital do México, em 1985.

Gisele Itié precisou mentir para a família para seguir a carreira artística. Como seu pai é bastante tradicionalista e rigoroso na educação, aos 15 anos a atriz comunicou que iria voltar para a Cidade do México para aprimorar seu espanhol. Mas, na verdade, foi a maneira que Gisele encontrou para poder estudar dramaturgia.

Leia mais sobre a horrorosa aqui.











Marcelo Faria. E você?

Dia do Professor



Parabéns pra nozes.




terça-feira, 14 de outubro de 2008

Boletim de Ocorrência



Estou cansada, com sono, sem paciência, sem disposição pra social. Estou intragável. E se tiver neguinho que fale que é TPM, eu digo: antes fosse [1]. Foda-se[2].
Boa noite para todos e amanhã tem enquete - que também já está me enchendo o saco.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Enquete Betty Faria



Para não dizerem que só os bofes estrangeiros têm vez, vamos hoje valorizar o Produto Interno Bruto (bote bruto nisso...).

Bofe (escândalo) of the week

Malvino Salvador

Malvino Ramos Salvador (Manaus, 31 de janeiro de 1976) é um ator brasileiro da Rede Globo. Seu primeiro papel foi como o antagonista Tobias na novela Cabocla. Co-protagonizou Alma Gêmea, O Profeta, Sete Pecados e A Favorita.

Telenovelas / Personagem

2008 - A Favorita .... Damião Rosa
2007 - Sete Pecados .... Régis Florentino (Régis Marreta)
2006 - O Profeta .... Camilo de Oliveira
2005 - Alma Gêmea .... Vitório
2004 - Cabocla .... Tobias de Oliveira Pinto

Filmes
2007 - O Signo da Cidade .... Gil











Betty Faria. E você?

domingo, 12 de outubro de 2008

¡Atención, muchachas!



Amanhã tem Enquete Betty Faria. Rapazes, quarta é o dia de vocês.

sábado, 11 de outubro de 2008

...



Hi....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ato.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Barraco no toilette



Ultimamente não ando deixando muita coisa passar, não. E o último sábado foi dia de D. Maria, a Louca. Tínhamos acabado de almoçar - sim, bem perto do casal da praça - e eu resolvi dar um pulo no toilette. Sabe como é, depois das 13h, shopping cheio, aquele inferno, banheiro idem. A fila de espera grande e a mulherada indócil. Eu estava no segundo lugar da fila e na boa, só faltava o cafezinho na livraria.

Eis que um dos sanitários vaga. Sai dele uma senhora bastante idosa, apoiada numa bengala. A encarregada da limpeza estava parada perto dela. Daí a velhinha, muito simpática, parou onde estava, viu a moça (porque muita gente tem o pessoal do apoio na conta de invisível, não é mesmo?) e perguntou se ela estava cansada. Pra quê?? Do fim da fila só se ouviu o zunzunzum de descontentamento porque a mulher estava demorando. Fiquei muito indignada. A menos que se tenha incontinência urinária, o que são três míseros segundos a mais de espera? Perguntei para a moça que estava atrás de mim se esse povo acha que nunca vai envelhecer alto o
suficiente para ser ouvida pela turma do fundão (sem pena do trocadilho porque gente ruim merece). E entrei.

Na volta, quando eu me dirigia à pia, uma das que chiou com a senhora pegou no meu ombro (pensem na minha cara de abuso olhando a mão dela tocando em mim...) e disse que tinha se impacientado não com a idosa, mas porque estava apertada. Claro que a minha vontade foi mandá-la rosquear, mas fiquei tão danada com a criatura que me segurei o suficiente para não dizê-lo. Cara de pau dos infernos! Todo mundo viu a expressão de enfado com que ela reagiu à parada da mulher. O-d-e-i-o gente que quando é pega no pulo do gato, dá uma de desentendida!

Limitei-me a olhá-la bem nos olhos e dizer o seguinte: caso você consiga chegar nessa idade com alguma lucidez, desejo que te tratem da mesma maneira e você, nesse momento, lembre-se de hoje. Desarqueei a sobrancelha esquerda e saí. Como diria a minha avó: ah, sujeitinha!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Enquete Marcelo Faria



Vamos à abusada, digo, bonitona de hoje. Rapazes, sorriam e continuem mandando sugestões via email.

Baranga of the week

Scarlett Johansson

Scarlett Johansson, além de ter sido eleita a garota mais linda do mundo e atriz (destaque para Encontros e Desencontros), é cantora. Suas músicas são muitas vezes depressivas e com batidas alternativas como as que tocam no citado filme. No álbum Anywhere I Lay My Head, Scarlett faz dez versões novas para as músicas de Tom Waits.

A sua carreira como atriz foi lançada na produção teatral off-Broadway Sophistry, com Ethan Hawke. No cinema, Scarlett começou em 1994 com um pequeno papel no filme O Anjo da Guarda, de Rob Reiner. No ano seguinte, a atriz interpretou a filha de Sean Connery e Kate Capshaw em Justa Causa. De 1996 a 1999, ela emplacou apenas papéis de pouca potencialidade, seja na comédia romântica Lado a Lado com o Amor (1996) ou na aventura infantil Esqueceram de Mim 3 (1997), destacando-se, porém, sua dramática personagem em Meninas de Ninguém (1996), que lhe valeu uma indicação ao Independent Spirit Award 1997 como melhor atriz.
(...)

Leiam mais sobre a moça aqui.











Marcelo Faria. E você?

Enquete Marcelo Faria



Conforme sugestão altamente criativa (eu e mais alguns tínhamos pensado no Reginaldo pai, confesso), daqui a pouco teremos a enquete dos rapazes. Aguardem e confiem.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Enquete dos revoltados



Pois é, meninas, a temperatura anda alta por aqui, não?

Mas os meninos ficaram indóceis, completamente despeitados e revoltados! E como eu não gosto de ver ninguém emburrado, farei uma enquete pra eles também, certo? Só estou sem idéias para o nome, aceito sugestões. Pode ser algo do tipo Enquete Gata da Semana, sei lá, a criatividade para este assunto está quase a zero. :P
Também peço aos rapazes que enviem indicações das bonitonas, mas via email para não perder a graça.

Então ficamos assim: Segunda-feira é o dia da Enquete das meninas. Quarta-feira, dos rapazes.

Divulguem em seus blogs este serviço de utilidade pública do meu, do seu, do nosso Leite de Cobra.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Enquete Betty Faria



Finalmente acabou o mistério!
Uma vez por semana (ou mais, dependendo do resultado), as meninas que freqüentam o blog apreciarão um bonitão (aceito sugestões via email) e darão o veredicto. Ah, meninos que gostem de meninos também podem participar.
A votação é simples e quem quiser pode adicionar alguma observação acerca do bofe em questão. Let's have fun!

P.S. Rapazes, não fiquem chateados porque a versão masculina logo, logo estará no ar. Para isso, conto com o auxílio luxuoso de Paul.

Então, vamos lá:

Bofe of the week

Christopher Meloni

Christopher Peter Meloni nasceu em Washington em 2 de abril de 1961 e é um ator americano. Chris Meloni, como é conhecido, fez varios papéis em séries americanas, dentre elas, o Detetive Elliot Stabler de Law & Order: Special Victims Unit (no Brasil com o nome de Lei e Ordem: Unidade de Vitimas Especiais).











Betty Faria. E você?

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

O casal da praça



Umas duas vezes por semana, costumo almoçar no shopping e de uns tempos para cá, venho observando um casal, que tem o mesmo hábito que eu: sentam sempre à mesma mesa ou, quando não dá, perto dela. É um casal de idosos. Ele, na faixa dos setenta, ela, quase lá. Bem conservados, distintos, elegantes (não me refiro às roupas, mas à postura de ambos).

Ele é alto, calvo e magro. Tem as feições delicadas, come devagar. De vez em quando, ergue os olhos do prato, mas não se fixa em ponto algum. Olha ao redor e volta ao que tinha momentaneamente interrompido. Sempre bebe água.

Ela é magra, pequena, algumas vezes come de óculos escuros. Não toma líquidos nas refeições e sempre termina primeiro que o marido. Tem o rosto mais grave que ele, mais contraído.

O que mais me chama atenção nesse par é que eles sentam, almoçam, terminam seus pratos em tempo desigual, mas não trocam palavra. A mulher olha tudo com a expressão de quem nada vê e não parece preocupada em disfarçar. Ele apenas come e bebe pausadamente.

Como escolhem mesas quadradas de quatro lugares, ficam em lados opostos, mas nunca frente a frente: ela passa uma cadeira e fica rente à meia parede. Ele, na ponta da passagem. Talvez porque as pernas dele sejam grandes e incomodem a mulher. Talvez porque isso faça parte do ritual de silêncio.

Entre garfadas, dou asas à imaginação e os vejo jovens namorados, ouço suas risadas, devem ter sido bonitos. Vejo-os depois de mãos dadas passeando com os filhos pequenos. Mais tarde, os filhos já crescidos, a vida assentada, sem grandes sobressaltos e a passagem dos anos até o presente. Em que ponto alguma coisa se partiu? Ou será que foi ruindo aos poucos, ano após ano? Porque um silêncio desses não nasce de um dia para o outro. Solidão assim é abismo que não se quer ou se pode transpor. E eles não parecem incomodados com isso.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Tragam o meu faetonte, por favor






Porque definitivamente a falta de educação no século 18 era muito menos escancarada do que a que se pratica hoje, na rua, na chuva, na fazenda ou numa casinha de sapê...

Depois do dia de ontem ter sido repleto de cansaço, desânimo, mau humor, dor física e espiritual (o que é a vida de uma pessoa sem uma boa dose de drama, me digam), resolvi que antes de ir dormir ou ao menos tentar, deveria me desligar da realidade. Como não tenho mais idade nem interesse pelos tóxicos, peguei o filme Pride and Prejudice, adaptação do livro de Jane Austen, e fiz a minha viagem de volta - sim, porque já fui convidada para um baile em Netherfield, tenho certeza disso - a um mundo cheio de preconceitos e conveniências, é verdade, mas também cheio de sutilezas, saias vaporosas, jogos de carta e recitais de piano em noites de diversão. Um mundo de meias palavras, de reverências, de cartas aguardadas com ansiedade. E um mundo sem Vizinho de Cima, o que é mais importante.

E falando nele, acredito que as cabadas de guarda-chuva no teto deram resultado: não ouvi nem um mísero arrastar de móvel de ontem para hoje. E olhem que fui dormir às 23, tarde que é para mim, mas acontece quando estou muito cansada e tensa: a cabeça não pára. Vamos ver se hoje a coisa se mantém. Caso contrário, mais um dia de fúria, de cão e de confabulações com R., que topa me representar com a condição de não mostrar o rosto para a equipe de Cardinot.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Direito on line



Como tenho amiga chique, bonitona e advogada, eu, claro, consulto sobre o caso do Vizinho de Cima. E faço isso via Orkut, em depoimento - coisa que ninguém nunca faz nesse mundinho de bisbilhotice eletrônica, certo?

Ela responde:

Então o certo é fazer uma notificação extra-judicial via Correios pra ficar bem amarrado.
Se o dito cujo não parar, pega esta documentação e presta queixa no Juizado Especial Cível, entendeu?
Agora a m... é que tudo depende do bom senso do indivíduo. No juizado, vc vai pedir para o juiz determinar uma multa caso ele desobedeça.Tem que ter testemunhas.
R.


Obrigada, flor, desculpa o aluguel, viu? Mas o que eu queria mesmo era sair daqui do prédio em cima de uma maca, no soro, em direção à delegacia. Lá chegando, entrar de cadeira de rodas com a equipe de Cardinot filmando tudo. E uma vez Vizinho de Cima lá intimado, eu gatanhava a cara dele toda na frente do delegado de plantão, mas isso seria atenuado por causa do meu sistema que está muito nervoso. R., seria o apogeu da sua carreira, né, amore?

O pó da rabiola



A criatura aqui está completamente nocauteada pela cólica. Quem ficava incomodada era mesmo a sua avó, parafraseando a propaganda de absorvente e Vanessa Williams, I'm devastated.

Para completar tão auspicioso cenário, o infeliz do Vizinho de Cima não me deixa dormir tem duas noites. Estou com cólica, com sono, sem marido em casa, com a pressão no rodapé e com desequilíbrio mental. Ainda esbofeteio esse velho. Ainda tenho esperança de vê-lo na sarjeta, com um cachorro sarnento lambendo o canto esquerdo de sua boca. Ele não me conhece e a hora é agora. Rá.

Assina: D. Maria, a Louca.

True Hollywood Story



Estava assistindo ontem à noite ao True Hollywood Story sobre Vanessa Williams - quem lembra dela cantando Save the best for last? Não sei se vocês conhecem o programa, mas como o título sugere, a vida de uma celebridade hollywoodiana é contada incluindo depoimentos de familiares, amigos, cabeleireiros, produtores blablablá.

O que mais me impressionou em Vanessa foi a sua economia lingüística. Casou, teve filhos, casamento em crise, divorciou-se. I was devastated. O pai subitamente adoeceu, internou-se e morreu. I was devastated. Casou de novo, levou um par de chifres. I was devastated. Divorciou-se pela segunda vez. I was completely devastated (melhorou, hein?). Voltou a trabalhar e dessa vez perto dos filhos, ótimo. Depois, no auge do sucesso, a produção do programa resolve mudar de cidade. I was devastated. Enfim, aconteceu alguma coisa ruim na vida da criatura, eu já me antecipava: I was devastated!

Isso me lembrou o poder de interpretação de outra celeb hollywoodiana. Vejam como se faz e repitam em casa - a prática leva à perfeição.

Stallone, sinto lhe informar, mas sua mãe morreu:





Stallone, você ganhou na Mega Sena acumulada:





Sua mulher fugiu com Schwarzenegger:





Sly, você vai gravar um comercial de carro com Gisele Bündchen:





O que é a expressividade cênica, não é, minha gente?