quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

São tantas coisinhas miúdas...

* Tem gente que se constrange com pouca coisa. Um exemplo: estranhos no elevador. O que seria o percurso de segundos se transforma em horas diante da inquietação causada pelo fato de estarem dividindo um espaço minúsculo com desconhecidos. É um tal de ver as horas, mexer em chaves e celulares, olhar pra baixo... Ô desconforto!

* Outra coisa que constrange é a vergonha alheia. Quando vejo alguém que não conheço passando por uma situação vexatória, a minha reação natural é desviar os olhos, sair de junto, tentar não aumentar mais ainda o desconforto alheio. Mesmo quando conheço a pessoa e dependendo da situação, faço o mesmo.

* O que me leva a outra constatação. Tem gente que ama fazer o contrário: tornar a vida do outro, num momento que já está difícil, pior ainda. Essas almas sebosas, em bom pernambuquês, mereciam ser açoitadas em praça pública!

* Um exemplo de como a coisa acima funciona: quem é mãe ou pai, avó, tia ou qualquer um que já tenha lidado com uma criança de pouca idade sabe como é comum um ataque de birra em lugar público e como isso pode afetar quem está cuidando da pestinha, digo, da criança. Aqui em casa, usamos o tratamento de choque uma única vez e surte efeito até hoje. Escândalo no shopping. Paul colocou a mocinha no lombo, atravessamos o andar inteiro rumo ao estacionamento com ela gritando e fim de passeio. No more pitis.

* Mas voltando às alminhas de plantão. Tem pessoas que simplesmente não sabem lidar com uma situação desse tipo. Ficam com vergonha e os pequenos, que não são bestas nem nada, tripudiam. É chato? É. Mas o que mais me irrita é quem fica olhando, encarando a situação, como se quisesse saber quem vai levar a melhor, como numa rinha de galos. E a grande maioria é formada por mulheres que, por sua vez, já passaram por situações idênticas.

* Sem muitas elucubrações psicanalíticas ou de gênero, acho que isso é falta de educação mesmo. O bom seria - digo seria porque geralmente quem está envolvido numa situação dessas não tem presença de espírito para tal - deixar a criança de lado e perguntar o que a criatura tem a ver com aquilo. Aí, sim, alguém teria motivo para ficar constrangido. Dessa vez, juro que eu iria olhar e rir.

* Sou uma pessoa do tipo que faz tempestades em copo d'água, reconheço. No entanto, se acontecer realmente uma tragédia, consigo me manter calma, resolver tudo com lucidez e precisão. Depois é que a ficha cai, mas aí já foi. Coisa de ariano mesmo.

* Sobre o xexo, não se preocupem. Foi xexo mesmo, mas pra quem deu tem algo lá na frente esperando. Praga minha pega, comboio de incompetentes. Temei!

3 comentários:

Anônimo disse...

detesto ver alguém passar vergonha,fico procurando um buraco pra me enterrar.rsrsrs

Praga sua é? Ui, q meda!rsrsrsrs

Bjos e []s

Ivette Góis

Blog do Cintrão disse...

Xexo é aquilo que a Xuxa não faz porque estraga a cútis?

Bem legal a crônica.

Beijo,
Balu

Anônimo disse...

tem coisa pior que aquelas pessoas que falam depois que a m#&*erda acontece:
- num falei?
eu sabia
pqp