Este blog não tem a pretensão de ser nada além de um lugar onde eu tenha a liberdade de escrever o que quero. A cara dele será essa mesmo: uma colcha de retalhos das mais diferentes cores e padronagens, que vão sendo costurados ao sabor dos ventos e humores. Sejam bem-vindos(as)!
Será que ela é meio fã da Amy Whinehouse!!! Menina, se esta dona que é a vice daquele velhote e ele é eleito, bate as botas e fica ela governando o maior país do mundo, já imaginou! A "muié" não acredita no aquecimento global e é ainda por cima a favor da caça de ursos polares e outros animaizinhos. Pelo visto não é só brasileiro que tem "bichos escrotos" na política! abraço carioca
"Durante mais de nove meses, desde que Barack Obama venceu as primárias democráticas no Iowa (as primeiras), que a euforia à sua volta o elevou ao estatuto de "grande favorito" às eleições presidenciais de Novembro. John McCain não era o favorito dos Republicanos, começou no Iowa de forma discreta, mas subitamente arrancou rumo a uma vitória tão precoce quanto esmagadora. Enquanto Barack Obama e Hillary Clinton se digladiavam por um lugar, John McCain preferiu antecipar a sua campanha e cedo começou a conquistar o eleitorado, ainda que o que tenha feito não tenha chegado para garantir uma posição suficientemente sólida na preferência dos norte-americanos. Durante várias semanas John McCain andou na sombra de Barack Obama. Obama não dava quaisquer hipóteses: muito marketing, muito entusiasmo no público, uma campanha tremendamente bem montada pela comunicação social, pelos lobbies energéticos e pela forte impulsão racista de Oprah Winfrey e a inteligência no aproveitamento de mitos históricos como John F. Kennedy ou Martin Luther King. Até os Clinton pareciam querer ajudar. A vitória parecia praticamente certa e já toda a gente esperava pelo dia 4 de Novembro de 2008 para celebrar a mais que certa eleição de Barack Obama à Presidência dos EUA, tornando-se o primeiro afro-americano a ocupar o lugar. Depois de um périplo pela Europa, onde o candidato democrata chegou a juntar mais de 100 mil pessoas no espaço onde discursava, Obama começou ironicamente a perder gás. Ainda anunciou o seu candidato a Vice-Presidente, Joe Biden, mas o público parecia começar a evidenciar sinais de cansaço da "Obamamania". John McCain esperou para ver o "feedback" do público em torno de Biden, para saber quando reagir. A resposta não se fez esperar e contra todas as probabilidades McCain anuncia uma mulher desconhecida dos norte-americanos para a Vice-Presidência: Sarah Palin, Governadora do Alasca, republicana ultra-conservadora, mãe de uma família numerosa, com uma presença simples e cativante, manifestadora de garra, determinação e confiança por trás daquela figura simpática e afável. A nomeação de Sarah Palin começou a fazer efeitos: o eleitorado feminino e parte do masculino, até então indeciso ou do lado de Obama, começou a ser conquistado. O percurso imaculado de Obama sofreu o primeiro susto: uma sondagem colocou-o atrás de John McCain com menos quatro pontos percentuais. Em 10 de Setembro as sondagens colocam McCain à frente de Obama com mais 12 pontos. É possível que a euforia em volta de Obama tenha começado demasiado cedo e durado tempo a mais, o que justifica que a menos de dois meses das eleições Barack Obama tenha começado a perder gás. John McCain, qual raposa velha, não vacilou no meio da adversidade e soube escolher o "timing" exacto para desferir golpes que podem muito bem revelar-se fatais para as aspirações dos democratas. No dia 3 de Janeiro de 2008, dia das primeiras eleições primárias no Iowa, se Barack Obama era uma grande esperança democrata, John McCain era um simples militante republicano que nem sequer era visto como "outsider", antes os americanos viam-no como alguém que só queria ajudar a estragar as contas aos verdadeiros candidatos, Mike Huckabee e Rudy Giuliani, e Sarah Palin era uma completa desconhecida. O percurso de McCain, que caso seja eleito será o mais velho Presidente dos EUA de sempre, é notável e, este sim, serve de inspiração para todos aqueles que vivem no anonimato e dos quais ninguém tem quaisquer expectativas. O percurso de McCain torna-se ainda mais surpreendente e inspirador se tivermos em conta que defende sem qualquer pudor a presença norte-americana no Iraque ou que Sarah Palin defende veemente o aborto, quando a maior parte do eleitorado norte-americano tem uma opinião contrária sobre estes dois temas. Sim, é possível vencer contra tudo e contra todos. Yes, we (Mc)Ca(i)n!"
in http://barvelho.blogspot.com (o meu blogue político)
Eu gosto de Sarah Palin! Tem aquele ar de "dona de casa nada desesperada", mas depois afirma-se e é uma verdadeira fera! I do support the McCain-Palin'08 campaing! Country first! "Palin: the hottest VP, Alaska: the coolest State"
"Sarah Palin defende veemente o aborto" De onde você tirou isso, Ale?? Estás falando da mesma pessoa que eu? Prestatenção, fio, debaixo daquele coque se escondem armas de destruição em massa. Quem viver, verá.
Também estranhei isso de "defender o aborto", senão a filhota de 17 aninhos ja tinha arrancado do ventre o baby que carrega.
Estranhei, sobretudo, que este simpático e inteligente portuga que admiro sempre quando deixa algum comentário aqui, torça por um homem com pensamentos bélicos, coisa abominável para aqueles que como eu, sonha com um século de paz. Yes, I love Obama! abraço carioca
De facto havia-me enganado a escrever sobre Sarah Palin na questão do aborto. Já corrigi isso também no meu post original. John McCain e Sarah Palin não têm como ambição um confronto bélico com qualquer um. A comunicação social extrapola bastante aquilo que ambos dizem apenas por serem Republicanos e serem facilmente associados a George W. Bush. Se alguém assistir ou ler a entrevista a Sarah Palin, ela diz que os EUA têm que manter boas relações com a Rússia, sobretudo porque o Estado do qual ela é Governadora, o Alasca, situa-se a escassos km de distância de território russo. Ela defende as boas relações com os russos, tal como McCain. Apenas aceitam o confronto militar caso a Rússia agrida algum parceiro da NATO, algo que ainda não abrange a Geórgia, daí não termos tido um confronto militar entre as duas potências EUA e Rússia. Porém, a partir do momento em que a Geórgia adira à NATO, qualquer incursão russa resultará numa resposta por parte de todos os outros membros da organização, com os EUA, Reino Unido e França à cabeça, por serem os mais poderosos, mas não descurando Estados como Espanha, Itália, Turquia e até Portugal. Quem diria que um país tão pequeno como o meu estaria obrigado a responder a qualquer ataque contra um parceiro? Nós nem um submarino conseguimos manter, mas vamos em frente também! Já na relação com Israel e Irão, McCain e Palin sabem que os EUA são parceiros de Israel, mas não podem dar-lhes todo o tipo de ajudas que requererem para dizimarem o Irão. A prova disso é que ainda há dois dias o Governo Bush recusou prestar ajuda aos israelitas para sobrevoarem o espaço aéreo restrito e poderem atacar o Irão e a sua ameaça nuclear. Ao mesmo tempo, McCain e Palin sabem as repercussões que um ataque quer a Rússia, quer a Irão pode ter, nomeadamente para a região que poderá ficar completamente inutilizável para os próximos séculos. Daí que essa questão de associar John McCain e Sarah Palin à solução bélica não seja completamente correcta. Digamos que eles têm menos problemas em atacar alguém do que os democratas. Mas até isso é falacioso. Senão vejamos o vice-Presidente de Barack Obama, Joe Biden. Joe Biden, aquele que se pretende que venha a ser o braço direito de Barack Obama é favorável a uma invasão militar armada pelo exército norte-americano ao Sudão para acabar com o regime local. Já defendeu esta tese diversas vezes. A verdadeira razão para esta invasão não é a paz mundial, mas todo o petróleo que o Sudão significa. Porquê? Porque os principais patrocinadores da campanha de Barack Obama são as empresas energéticas! Ainda há um mês o lobby petrolífero aumentou os níveis de polémica em volta da campanha de Obama e esse é também um dos principais factores que contribuíram para que os seus índices de popularidade descessem. E esta? Os democratas e Barack Obama não são bem aquele "World Peace Project" em que muitos acreditam... Já para não falar na campanha de Obama. Todos nos fartamos de ouvir falar "Yes, we can". Mas ainda ninguém sabe "what? how? when? who?". Não nos podemos deixar arrastar por Oprah Winfrey e pelo Marketing em volta de Obama.
Esqueci-me de acrescentar mais duas coisas: - A Abcázia e a Ossétia são território georgiano. Daí que esteja em causa a integridade de um Estado. - Os russos fizeram um figurão no Conselho de Segurança das Nações Unidas ao rejeitarem reconhecer o Kosovo como Estado independente, pelos motivos referidos no ponto anterior, mas agora com a Ossétia e com a Abcázia a história já é diferente. O que mudou? Mas os EUA também não ficam bem na fotografia. Reconhecem o Kosovo, mas não reconhecem a Abcázia e a Ossétia. Os mapas oficiais norte-americanos confirmam isso. Nenhum dos dois tem razão. Mas desta vez quem começou até foram os russos.
Não creio que Obama seja o cara que vai chegar e modificar toda a política imperialista, belicista e predatória dos EUA. No frigir dos ovos, nenhum, nem democrata nem republicano vai ser amigo do Brasil, aquelas amizades de canga e corda*, porque o que vale mesmo é o money next to the bottom of the dick**, a verdade seja dita. O que acontece é que os EUA estão vivendo o messianismo que nós*** vivemos (passado recente e presente ainda para alguns) com Lula. Mas querer que o circo pegue fogo é temerário porque, infelizmente, se houver uma diarréia lá, os respingos caem aqui, aliás, no mundo todo, especialmente pelos motivos econômicos. Torço que Obama vença porque, no geral, ele não é tão refratário às mudanças quanto McCain. Acredito que um certo sopro de novidade e o que a figura política de Obama representa farão bem à sociedade norte-americana.
*regionalismo: amizade muito próxima, estreita. **tradução livre: dinheiro no pé do cipa. ***vocês.
P.S. Eu apaguei os três comentários anteriores por motivos etílicos.
tem um blog lesgal de uma brasileira que mora nos isteites: http://www.verbeat.org/blogs/stuckinsac/
Quanto à possível maioria de McCain na intenção de votos, isso talvez não se reflita na vitória, já que na estrutura política daquele país, vence quem elege a maioria do colégio eleitoral (é, o dito país mais democrático do mundo não tem eleição direta pra presidente...), ou seja, quem tem a maioria dos votos dos cidadãos não necessariamente se elege, vide a peimeira eleição de GWB... Agora essa mulher aí é "UÓ", defensora de tudo que de mais atrasado na política estadunidense...
Picuinha linguística: Não sabia que os irmãos lusitanos escreviam "Irão" e não "Irã"...
19 comentários:
Será que ela é meio fã da Amy Whinehouse!!!
Menina, se esta dona que é a vice daquele velhote e ele é eleito, bate as botas e fica ela governando o maior país do mundo, já imaginou!
A "muié" não acredita no aquecimento global e é ainda por cima a favor da caça de ursos polares e outros animaizinhos.
Pelo visto não é só brasileiro que tem "bichos escrotos" na política!
abraço carioca
Beth, duvido muito que ela seja fã de Amy. A menina já tem um karma pesado demais da conta.
Beijos.
kakakka
Dá uma olhadinha neste blog e veja as últimas lá nos States:
http://www.verbeatblogs.org/stuckinsac/
não implica com o penteado dela, ora.
é apenas o american life way...
´por isso, eu prefiro o jeito brasileiro de ser.
abraços libertários
tfp.
tenha medo, muito medo.
"Durante mais de nove meses, desde que Barack Obama venceu as primárias democráticas no Iowa (as primeiras), que a euforia à sua volta o elevou ao estatuto de "grande favorito" às eleições presidenciais de Novembro. John McCain não era o favorito dos Republicanos, começou no Iowa de forma discreta, mas subitamente arrancou rumo a uma vitória tão precoce quanto esmagadora.
Enquanto Barack Obama e Hillary Clinton se digladiavam por um lugar, John McCain preferiu antecipar a sua campanha e cedo começou a conquistar o eleitorado, ainda que o que tenha feito não tenha chegado para garantir uma posição suficientemente sólida na preferência dos norte-americanos.
Durante várias semanas John McCain andou na sombra de Barack Obama. Obama não dava quaisquer hipóteses: muito marketing, muito entusiasmo no público, uma campanha tremendamente bem montada pela comunicação social, pelos lobbies energéticos e pela forte impulsão racista de Oprah Winfrey e a inteligência no aproveitamento de mitos históricos como John F. Kennedy ou Martin Luther King. Até os Clinton pareciam querer ajudar. A vitória parecia praticamente certa e já toda a gente esperava pelo dia 4 de Novembro de 2008 para celebrar a mais que certa eleição de Barack Obama à Presidência dos EUA, tornando-se o primeiro afro-americano a ocupar o lugar.
Depois de um périplo pela Europa, onde o candidato democrata chegou a juntar mais de 100 mil pessoas no espaço onde discursava, Obama começou ironicamente a perder gás. Ainda anunciou o seu candidato a Vice-Presidente, Joe Biden, mas o público parecia começar a evidenciar sinais de cansaço da "Obamamania". John McCain esperou para ver o "feedback" do público em torno de Biden, para saber quando reagir. A resposta não se fez esperar e contra todas as probabilidades McCain anuncia uma mulher desconhecida dos norte-americanos para a Vice-Presidência: Sarah Palin, Governadora do Alasca, republicana ultra-conservadora, mãe de uma família numerosa, com uma presença simples e cativante, manifestadora de garra, determinação e confiança por trás daquela figura simpática e afável.
A nomeação de Sarah Palin começou a fazer efeitos: o eleitorado feminino e parte do masculino, até então indeciso ou do lado de Obama, começou a ser conquistado. O percurso imaculado de Obama sofreu o primeiro susto: uma sondagem colocou-o atrás de John McCain com menos quatro pontos percentuais. Em 10 de Setembro as sondagens colocam McCain à frente de Obama com mais 12 pontos.
É possível que a euforia em volta de Obama tenha começado demasiado cedo e durado tempo a mais, o que justifica que a menos de dois meses das eleições Barack Obama tenha começado a perder gás. John McCain, qual raposa velha, não vacilou no meio da adversidade e soube escolher o "timing" exacto para desferir golpes que podem muito bem revelar-se fatais para as aspirações dos democratas. No dia 3 de Janeiro de 2008, dia das primeiras eleições primárias no Iowa, se Barack Obama era uma grande esperança democrata, John McCain era um simples militante republicano que nem sequer era visto como "outsider", antes os americanos viam-no como alguém que só queria ajudar a estragar as contas aos verdadeiros candidatos, Mike Huckabee e Rudy Giuliani, e Sarah Palin era uma completa desconhecida.
O percurso de McCain, que caso seja eleito será o mais velho Presidente dos EUA de sempre, é notável e, este sim, serve de inspiração para todos aqueles que vivem no anonimato e dos quais ninguém tem quaisquer expectativas. O percurso de McCain torna-se ainda mais surpreendente e inspirador se tivermos em conta que defende sem qualquer pudor a presença norte-americana no Iraque ou que Sarah Palin defende veemente o aborto, quando a maior parte do eleitorado norte-americano tem uma opinião contrária sobre estes dois temas. Sim, é possível vencer contra tudo e contra todos. Yes, we (Mc)Ca(i)n!"
in http://barvelho.blogspot.com (o meu blogue político)
Eu gosto de Sarah Palin! Tem aquele ar de "dona de casa nada desesperada", mas depois afirma-se e é uma verdadeira fera! I do support the McCain-Palin'08 campaing! Country first! "Palin: the hottest VP, Alaska: the coolest State"
Beijos!
"Sarah Palin defende veemente o aborto"
De onde você tirou isso, Ale?? Estás falando da mesma pessoa que eu?
Prestatenção, fio, debaixo daquele coque se escondem armas de destruição em massa. Quem viver, verá.
Epá. Enganei-me! Quis dizer que Sarah Palin é absolutamente contra o aborto, seja em que circunstância for, mesmo em violação. Enganei-me!
Também estranhei isso de "defender o aborto", senão a filhota de 17 aninhos ja tinha arrancado do ventre o baby que carrega.
Estranhei, sobretudo, que este simpático e inteligente portuga que admiro sempre quando deixa algum comentário aqui, torça por um homem com pensamentos bélicos, coisa abominável para aqueles que como eu, sonha com um século de paz.
Yes, I love Obama!
abraço carioca
lilás,
Estou torcendo para que aconteça o que você disse: McCain eleito, bata as botas, ela assume e toca o terror... hehehe
Nunca me animei com Obama não. Apesar da origem, da cor da pele e da história pessoal, ele é outro conservador da mesma laia dos Clinton, Bush...
Lilás,
obrigado pelas tuas palavras tão agradáveis :)
De facto havia-me enganado a escrever sobre Sarah Palin na questão do aborto. Já corrigi isso também no meu post original.
John McCain e Sarah Palin não têm como ambição um confronto bélico com qualquer um. A comunicação social extrapola bastante aquilo que ambos dizem apenas por serem Republicanos e serem facilmente associados a George W. Bush. Se alguém assistir ou ler a entrevista a Sarah Palin, ela diz que os EUA têm que manter boas relações com a Rússia, sobretudo porque o Estado do qual ela é Governadora, o Alasca, situa-se a escassos km de distância de território russo. Ela defende as boas relações com os russos, tal como McCain. Apenas aceitam o confronto militar caso a Rússia agrida algum parceiro da NATO, algo que ainda não abrange a Geórgia, daí não termos tido um confronto militar entre as duas potências EUA e Rússia. Porém, a partir do momento em que a Geórgia adira à NATO, qualquer incursão russa resultará numa resposta por parte de todos os outros membros da organização, com os EUA, Reino Unido e França à cabeça, por serem os mais poderosos, mas não descurando Estados como Espanha, Itália, Turquia e até Portugal. Quem diria que um país tão pequeno como o meu estaria obrigado a responder a qualquer ataque contra um parceiro? Nós nem um submarino conseguimos manter, mas vamos em frente também!
Já na relação com Israel e Irão, McCain e Palin sabem que os EUA são parceiros de Israel, mas não podem dar-lhes todo o tipo de ajudas que requererem para dizimarem o Irão. A prova disso é que ainda há dois dias o Governo Bush recusou prestar ajuda aos israelitas para sobrevoarem o espaço aéreo restrito e poderem atacar o Irão e a sua ameaça nuclear. Ao mesmo tempo, McCain e Palin sabem as repercussões que um ataque quer a Rússia, quer a Irão pode ter, nomeadamente para a região que poderá ficar completamente inutilizável para os próximos séculos. Daí que essa questão de associar John McCain e Sarah Palin à solução bélica não seja completamente correcta. Digamos que eles têm menos problemas em atacar alguém do que os democratas. Mas até isso é falacioso. Senão vejamos o vice-Presidente de Barack Obama, Joe Biden. Joe Biden, aquele que se pretende que venha a ser o braço direito de Barack Obama é favorável a uma invasão militar armada pelo exército norte-americano ao Sudão para acabar com o regime local. Já defendeu esta tese diversas vezes. A verdadeira razão para esta invasão não é a paz mundial, mas todo o petróleo que o Sudão significa. Porquê? Porque os principais patrocinadores da campanha de Barack Obama são as empresas energéticas! Ainda há um mês o lobby petrolífero aumentou os níveis de polémica em volta da campanha de Obama e esse é também um dos principais factores que contribuíram para que os seus índices de popularidade descessem. E esta? Os democratas e Barack Obama não são bem aquele "World Peace Project" em que muitos acreditam... Já para não falar na campanha de Obama. Todos nos fartamos de ouvir falar "Yes, we can". Mas ainda ninguém sabe "what? how? when? who?". Não nos podemos deixar arrastar por Oprah Winfrey e pelo Marketing em volta de Obama.
Um beijinho lusitano para ti :)
Esqueci-me de acrescentar mais duas coisas:
- A Abcázia e a Ossétia são território georgiano. Daí que esteja em causa a integridade de um Estado.
- Os russos fizeram um figurão no Conselho de Segurança das Nações Unidas ao rejeitarem reconhecer o Kosovo como Estado independente, pelos motivos referidos no ponto anterior, mas agora com a Ossétia e com a Abcázia a história já é diferente. O que mudou?
Mas os EUA também não ficam bem na fotografia. Reconhecem o Kosovo, mas não reconhecem a Abcázia e a Ossétia. Os mapas oficiais norte-americanos confirmam isso.
Nenhum dos dois tem razão. Mas desta vez quem começou até foram os russos.
Não creio que Obama seja o cara que vai chegar e modificar toda a política imperialista, belicista e predatória dos EUA. No frigir dos ovos, nenhum, nem democrata nem republicano vai ser amigo do Brasil, aquelas amizades de canga e corda*, porque o que vale mesmo é o money next to the bottom of the dick**, a verdade seja dita.
O que acontece é que os EUA estão vivendo o messianismo que nós*** vivemos (passado recente e presente ainda para alguns) com Lula.
Mas querer que o circo pegue fogo é temerário porque, infelizmente, se houver uma diarréia lá, os respingos caem aqui, aliás, no mundo todo, especialmente pelos motivos econômicos.
Torço que Obama vença porque, no geral, ele não é tão refratário às mudanças quanto McCain. Acredito que um certo sopro de novidade e o que a figura política de Obama representa farão bem à sociedade norte-americana.
*regionalismo: amizade muito próxima, estreita.
**tradução livre: dinheiro no pé do cipa.
***vocês.
P.S. Eu apaguei os três comentários anteriores por motivos etílicos.
Tô vendo que num é só Gio que bebe pouco... hehehhe
tem um blog lesgal de uma brasileira que mora nos isteites:
http://www.verbeat.org/blogs/stuckinsac/
Quanto à possível maioria de McCain na intenção de votos, isso talvez não se reflita na vitória, já que na estrutura política daquele país, vence quem elege a maioria do colégio eleitoral (é, o dito país mais democrático do mundo não tem eleição direta pra presidente...), ou seja, quem tem a maioria dos votos dos cidadãos não necessariamente se elege, vide a peimeira eleição de GWB...
Agora essa mulher aí é "UÓ", defensora de tudo que de mais atrasado na política estadunidense...
Picuinha linguística: Não sabia que os irmãos lusitanos escreviam "Irão" e não "Irã"...
brauwla
Esse coque aí também me deu arrepios!!
=P
Postar um comentário