segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Olhando pra lente da verdade
Bruno disparou:
Eu gosto muito da Playboy. E a primeira coisa que eu abro pra ver são as mulheres peladas. A revista vende por essa simples razão: homem gosta de ver mulher pelada. Simples. Homem também gosta de falar de outras mulheres, gosta de azarar mulheres, enfim, homem, entendido culturalmente, *sem nenhuma exclusão das minorias sexuais, gosta de mulher. e não unicamente da sua.
Eu achei legal a Kenia tocar nesse assunto, mas ela só tangenciou a questão mais delicada. Então, como sei que ela me permite, vou perguntar às mulheres: E se "seu" homem, seu marido, tivesse ido a uma festa e "ficado", ou melhor, bebido, dançado, transado com OUTRA mulher. Você acabaria o relacionamento? Você "ficaria" com OUTRO homem pra se vingar? Ou você pensaria assim: é, homem gosta de mulher. Normal. Eu tenho que descobrir o que eu gosto para não ficar me incomodando com o outro quando ele realiza os seus desejos.
Beijos.
Bruno
Convido não só as mulheres, mas também os rapazes, a responder a pergunta de Bruno.
Bruno, veja se estou certa na minha interpretação do que você escreveu: *sem nenhuma exclusão das minorias sexuais=sem menosprezar as minorias sexuais?
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19 comentários:
honestamente,acho q qdo uma das partes procura algo fora da relação e pq a coisa não está funcionando bem.Não acho q é só homem q gosta de mulher,mas mulher tb gosta de homem e muito(falando das relações hétero,no meu caso),mas qdo se decide por alguém,acho q se deve investir no relacionamento,deve-se procurar saber o q o(a) parceiro(a) espera e a partir daí ver se vale a pena ou não.
Para quem não consegue transcender essa de não evitar a traição,melhor ficar sozinho(a) e curtir os bons momentos. rsrsrs
Bjos e []s
Ivette Góis
eu acho que o gosto por mulheres (ou por homens) não tem necessariamente a ver com a escolha por investir em uma relação monogâmica.
sim, é verdade que sexo independe de um envolvimento afetivo mais profundo, mas também é verdade que os seres humanos são capazes de controlar os próprios instintos em nome de um projeto maior e mais complexo de vida a dois...
P.S. esqueci de dizer que entre comprar uma playboy e efetivamente ficar com outra mulher existe uma distância muito grande...
Acho que são coisas diferentes, não dá prá poe tudo no mesmo saco.
1) comprar Play Boy? ele comprou tantas, o casamento continua.
2) Ir com os amigos numa casa tipo essas de striper? Tudo bem, os amigos pedem para eu nnao comentar com as esposas, aliás eu nem falo sobre isso pois é tabuloso!
3) Transar com outra? Bedbado , drogado, sóbrio? Teremos muito que conversar, uma coisa é olhar, pensar, imaginar, outra coisa, é outra coisa!
No meu contrato não escrito com ele está combinado que ambas as partes, de comum acordo concordam que contato físico, sensual, sexual, extra conjugal, está no ítem: não pode.
Se rolou, baby, vai rolar muita água por baixo dessa ponte!
Não sei se vai dar separacão, mas nesse caso, a fofa já sabe: as crianças ficam com o papai, é ele que ganha mais dinheiro, e para nnao ter "problemas" com depósito e essas coisas já estão todos lá!
Isso já foi avisado, antes de casarmos!
Paola
O fantástico ontem deu a dica:
"mulheres traíadas, entrem com uma ação por danos morais contra as amantes de seus maridos..."
Na minha cabeça, não há porque procurar algo além. Se não estivesse satisfeito com o "feijão com arroz" (prato que estou longe de classificar como similar ao meu casamento) partiria pra outra, na boa. Esclareço que não é o meu caso, em hipótese alguma.
Meu avô, or exemplo, aconselhava os genros, dizendo que "homem que não tem mulher fora do casamento não é Homem", ao mesmo tempo, com medo da concorrência, manteve suas mulheres oficiais (minha avó e, após a morte dela, a segunda esposa) sob vigilância contínua. Esse papo que "homem gosta de mulher" lembra uma análise feita sobre Casanova (ou Don Juan, não me lembro ao certo) de que esse(s) seria(m) brocha(s), por isso a busca incessante de uma mulher que lhe(s) pusesse "em riste"...
tezhmm
Bruno, o que uma coisa tem que ver com a outra? Desde quando ler uma "revista de mulheres peladas" significa trair sua mulher? Por que comparar leitura de revista masculina com "transar com outro homem"? Muito provavelmente a maioria das mulheres romperia uma relação se soubesse que seu companheiro teve um caso com outra mulher, mas seria totalmente infantil fazê-lo por ele ler uma revista.
Por outro lado, há revistas masculinas e revistas "de mulher pelada". Se é só "mulher pelada" que te interessa, com certeza há revistas mais especializadas e explícitas. Playboy é uma revista com mais conteúdo do que só exploração do corpo feminino, que muitas mulheres lêem também.
Roger
Eu escrevi a história no meu Blog.
E quanto àquela bobagem do fantástico, a solução que eu propus é maravilhosa, ser amante ee muito fácil, quero ver é acordar e encarar mau-humor, cara amassada, roupa suja pra lavar, contas pra pagar, Fala seerio, eu processava a amante, requerendo todos os valores que foram desviados.
Por vingança não transaria com outra pessoa e nem mesmo o deixaria. Conversaria, caso não desse jeito mais aí sim eu daria fim ao relacionamento.
Álvaro
Essa do "ah, bebi demais e cometi um erro com outra" tem muito que se lhe diga. E o pior é que ainda há quem caia...
Meus amigos,
um cão é um cão, um pássaro é um pássaro, um homem é um homem e uma mulher é uma mulher. Enquanto existirem homens, sempre existirá o eterno gosto por peitos, traseiros e outros quantos mais. Uns confundem admiração com atracção e desejo, ficam a bater mal e depois não sabem o que fazer para se encontrarem consigo mesmos. Outros há que sabem distinguir arte (como é o caso dos nús fotográficos e do erotismo, apenas a título de exemplo), de contemplação (quando se cruzam com uma mulher bela na rua e contemplam a sua beleza sem ter que lhe dizer em voz alta o quanto ela é "gostosa", ou sem fazerem aquele olhar de guloso que se pudesse comia tudo), de atracção (o que sentimos por alguém que mexe connosco) e de materialização da atracção (que é o que fazemos com a pessoa pela qual nos sentimos atraídos e a qual amamos, e a que sente o mesmo por nós). É tudo uma questão de saber controlar as hormonas e ter alguma substância na cabeça. Experimentem e vão ver que não é difícil.
Beijos
Comprar Playboy é algo perfeitamente natural até ao momento em que o comprador não consiga viver sem a revista, ou prefira masturbar-se a olhar para a revista a fazer amor com a pessoa amada. Há que separar "espírito de coleccionador" de "espírito de tarado descontrolado obsessivo".
Tenho dito.
Nanini e Guel, né?
E taaantos outros.
:)
Tem que dar um chá de ocitocina todo dia pra macharada!
Não me incomodo com marido vendo mulher num papel/revista. Mas se fosse a siyuação descrita pelo Bruno, pra mim era o fim...
Kenia, você conhece a minha história como também a minha escala de valores nessa vida, mas eu também gosto de expressar por meio da escrita, portanto lá vai, em poucas palavras o que acho e sempre achei, independente do que eu tenha vivido.
Engraçado que sou flexível em (quase) tudo na vida, mas sou taxativa quanto a traição. E nem me refiro a sexo em si, mas a quebra da confiança, da cumplicidade... isso é que magoa pra caramba e desestrutura tudo na vida da pessoa, respingando inclusive em gente inocente... e aí é que a coisa pega.
Esse papo de dizer que é "normal" certas atitudes machistas e inconsequentes, tem que ser revisto urgentemente.
Casamento é coisa séria e há de se olhar com mais cuidado para os prejuízos que a banalização do mesmo tem causado.
Beijos...
Regina
É difícil falar hipoteticamente, mais ainda quando o assunto toca num ponto sensível como é o da traição. Em tese, hoje, eu não aceitaria. Porque como disse Regina, o que se quebra depois disso vai muito além do aspecto físico: uma vez perdida a confiança, é difícil reconstruí-la. Por mais que se dê uma segunda chance, nada mais é como antes. Se o que sobrou pode ser reerguido, não sei dizer, especular é mais fácil do que viver, sem sombra de dúvida.
Uma coisa que temos bem definida aqui em casa é o querer estar juntos. É preciso amor, carinho, respeito, admiração e mais algumas coisas que talvez eu tenha esquecido de enumerar, mas é preciso essencialmente ter vontade de construir alguma coisa, é saber que mais lá na frente, você vai estar de mãos dadas com uma pessoa com a qual você fez planos e dividiu sonhos, brigou, apaziguou, pôde ser o que você é. Uma pessoa que é seu porto seguro e que também te veja como tal. Isso é compromisso e você deve estar ciente de que ele, ao mesmo tempo que lhe dá chão, base, sustentação, também te subtrai outras coisas. Tudo é uma questão de escolha e escolha consciente.
Seria ingenuidade achar que nesse modelo não pode surgir, por exemplo, a percepção de uma terceira pessoa, que tenha tributos tais como beleza física, magnetismo pessoal, sofisticação intelectual ou qualquer outra coisa que exerça algum apelo sobre um dos dois. Mais uma vez, o importante é saber o que vale a pena ser mantido e o que deve ser deixado para trás. Uma questão de escolha, sempre.
E essa conversinha de que homem gosta de mulher é bobagem. Mulher gosta de homem igualzinho - e também respeitando as minorias: homem também gosta de homem e mulher, de mulher -, mas isso não quer dizer que, em quaisquer dessas combinações, esse gostar seja salvo-conduto para traição. Sou caretíssima: esse negócio de
pintou um clima e rolou uma energia não também não está no meu contrato, não.
Mulher que ne conhece sabe da minha queda natural, que não faço a menor questão de esconder, por erotismo. Não me refiro apenas às eventuais revistas, das quais a Playboy é a que menos chama minha atenção devido ao excesso de Photshop, heheh
Isso inclui a internet e a vida real, na qual já aprendi com o tempo que, mesmo querendo, não controlo meus olhos. Seja por hábito de publicitário ou por instinto mesmo. Se tentar fazê-lo, estarei passando atestado de bandeiroso, indiscreto.
Portanto, voilá - assim seja, que se valorize a palavra, o diálogo, o entendimento e a inteligência. Paradoxalmente, valorizo com isso a inteligência, a sensibilidade e, por que não, crio um filtro natural para que uma mulher conviva comigo: há que ser tão flexível e senhora de si quanto possível. Sem meio-termo: se garantir.
Vale a pena para ambos. Nada como a confiança mútua.
Bruno: eu acho q quem precisa concordar com o q vc acha é sua companheira, parceira, esposa, ou companheiro, parceiro, esposo, sei lá. Isto, como tantos aqui disseram, é do contrato de cada um. E em geral os contratos implicam em fidelidade - eu disse em geral, tem sido a regra em nossa sociedade, o significa q podem haver exceções.
Agora, essa de q homem gosta de mulher, hein? Pelamordedeus. Velha... Talvez vc não saiba, mas mulheres tb gostam de homens. Bom, então se num casal ambos adoram de forma incontrolável sexo a ponto de seu parceiro(a) sozinho não o satisfazer, pode ser q funcione, se ambos aceitarem o famoso "casamento aberto". Se ñ for assim, babau, mizifio, ñ vai dar certo nunca. E concordo com o q escreveram, se ñ segura a onda de cumprir seu contrato, melhor ser solteiro(a) e curtir a gandaia.
Ah, mas vocês são muito caretas e conservadores! Que história de contrato é essa? Amor não é coisa de advogado. Quanto ao meu suposto machismo: tem não: Óbvio que se o minino vai lá e come da carambola do vizinho, a minina também pode, e deve, experimentar o pirulito da barraquinha de doces da esquina. Ha,ha,ha,ha,ha.
O que eu axo sério mermo é que vocês sabem o que é importante numa relação e mesmo assim ainda falam em acordos repressores do desejo do outro. E como se isso funcionasse! Quem não se lembra de mamãe dizendo: minha filha, eu confio em você. Eu sei que você sabe o que é certo e o que é errado e não vai trair a minha confiança. E trair a confiança da mamãe é fazer o que eu não pude fazer quando era da sua idade.
Pois é, parece que não se lembram do mito da virgindade e agora defendem o mito da fidelidade: Meu amor, não vá por aí gozar com outros que seu gôzo é somente meu.
Na verdade, se esquecem que o nosso gôzo e nossa dor são somente nossos. E para enfrentar essa solidão essencial da vida é que a gente precisa de um companheiro. Ser compreensivo e solidário em todas essas "fraquezas" e "deficiências", nos dá como prêmio o espetáculo da felicidade alheia (olha o voyeurismo!), a única forma autêntica de perceber o reflexo da nossa própria. De outra forma, o que se propõe é um acordo de covardia frente ao que a vida nos oferece. Nem eu i nem tu? Beleza?
Ou seja,no fundo, transar ainda não é visto como uma coisa boa, ainda é um pecado de inquisição.
Desculpem-me esse regurgitar, mas o textinho ficou até legal. Não foi pra ofender, só pra cutucar. Eu sou casado e não temos nem acordo de sim, nem acordo de não, apenas a tentativa de compreensão e solidariedade. Afinal, seu parceiro tem que ser seu companheiro, e não seu carcereiro.
Êita rimazinha póbi da gota!
Beijos a todos.
Bruno
Bruno, não leve a ferro e a fogo a questão do contrato: ninguém aqui (pelo menos não eu) registrou fidelidade, controle do desejo alheio e que tais em cartório, fio. Tem mais a ver com um acordo tácito, sabe como é? Algo como: você pode até peidar debaixo das cobertas, desde que esteja sozinho, saca?
E cá pra nós, Bruno, esse papo woodstockiano do desejo e dor serem intransferíveis é uma verdade tão verdadeira que, esta sim, é de um démodé sem fim. Apesar de sermos da mesma geração, parece até que você passou a adolescência sem pegar ninguém, amigo. Hehehe
Brincadeiras à parte, acho que se você consegue segurar a onda de sua esposa chegar para você e dizer que está transando com outra pessoa e vice-versa, não me vejo no direito de te julgar como devasso ou liberal.
Da mesma forma como não aceito o rótulo de careta ou conservadora pelo estilo de relacionamento no qual me enquadro. Tudo é questão de poder bancar a relação.
Não sei me envolver com uma pessoa apenas sexualmente. Para isso, teria que haver outras compatibilidades e, em havendo, não vejo como poderia o meu casamento se manter, entende? Por estar no segundo, pude pesar e refletir sobre o que eu queria de uma relação e ela está funcionando bem.
Acordos, explícitos ou não, existem não para encarcerar, mas dar alguma noção de estar caminhando com o parceiro na mesma direção.
Beijo.
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