sábado, 17 de janeiro de 2009

Qualquer maneira de amor vale amar



Eu não sou contra o amor de pessoas com grande diferença de idade entre elas. Da mesma forma, nada tenho contra o amor e a união entre pessoas do mesmo sexo. Eu não sou contra o amor, ora bolas. Porque com ele, mesmo que não dure para sempre, é a única maneira de se sentir realmente vivo. Qualquer forma de amor.

Queria deixar isso claro porque, quando posto alguma coisa envolvendo a situação de uma mulher mais velha que foi traída e humilhada publicamente por um marido mais jovem, não estou me posicionando contrariamente à relação em si. Não me passa pela cabeça que essa mulher deveria procurar um homem da sua idade ou que ela deveria conhecer seu lugar de velha. Jamais. Ela é jovem e se sente jovem, que mal há nisso? O ideal para ela seria arrumar um homem de 70 anos? Ah, mas e se fosse um homem de sessenta com uma moça de 30 e poucos estaria tudo bem? Machismo puro. O que acho fundamental, em qualquer fase da vida, é estar cercada de pessoas de bom caráter, qualquer que seja o tipo de relacionamento. Carência nenhuma justifica colocar o(a) primeiro(a) vigarista que se vê pela frente na nossa vida de mala e cuia. Foi atração? Quer sexo? Perfeito, vá em frente. Mas se espera de alguém com vivência e maturidade pelo menos alguma lucidez nas escolhas pessoais.

Porque chega uma hora em que, por mais que você saiba que as coisas do coração são meio incontroláveis, os calos adquiridos ao longo da vida deveriam mostrar que certas situações não compensam o risco, não valem à pena. Ou até valem desde que a cabeça continue suficientemente lúcida para dizer até onde se deve ir. Infelizmente, não se pode ter tudo e ainda sair sem nenhum arranhão de muitas situações ao longo da vida. E saber lidar com as frustrações decorrentes dessa constatação é um desafio que não acaba nunca.

Mas se o negócio for fazer o que der na telha, tudo bem. É uma escolha. É um ato de rebeldia e coragem. Só não venha depois dar uma de vítima. Banque a sua aposta de cabeça erguida e saia da mesma forma, mesmo que tenha dado com os burros n'água. Assim tem todo o meu respeito.

5 comentários:

Anônimo disse...

assino embaixo.E digo mais:esse assunto é muito delicado,envolve relações de poder e por isso mesmo extrapola o amor em si.

Bjos e []s

Ivette Góis

Anônimo disse...

A grande questão é que, com a diferença muito grande de idade, vêm outras diferenças que pôem em xeque a relação.
Concordo que é assunto delicado e controverso e nem se pode generalizar até pq não existe uma regra única.
Cada caso tem suas particularidades.
Será que não rola uma certa dose de ingenuidade? (eufemismo pra burrice rsss)
Se não quer envolvimento afetivo, "somente sexo e amizade", há sempre a ilusão de que não ficará dano.
Também usar e exibir alguém como troféu tá mais que provado o qto é perigoso.
Enfim, arriscar, apostar no escuro, e depois querer sair sem nenhum arranhão fica difícil.
A gente paga sempre um preço alto pelas escolhas inconsequentes.
Qdo se é adolescente, muito jovem e tal, vá lá...
Mas com tanto exemplo, tanta experiência, tanta vivência e
depois de um monte de cabeçada?
Vá entender...
bj
R.

Beth/Lilás disse...

É isso aí! E fica ainda pior depois do sujeito morto, correndo o risco de ainda se transformar num mártir.
bj carioca

Anônimo disse...

Eu acho q numa relação com grande diferença de idade ambos precisam estar conscientes de certas limitações. P. ex.: se a mulher for mais velha e o rapaz novo, ambos tem q ter consciencia da impossibilidade de filhos. Faz como o Marcello Antony e a mulher q adotaram. Isso é só um exemplo.
Se bem q até as relações de casais na mesma faixa etária pode acabar da noite pro dia, isso é tão relativo. A verdade é q não existe regra pra essas coisas. O importante é ser feliz, curtir o momento com responsabilidade e leveza.

Anônimo disse...

Pois é... cada caso é um caso.
Por exemplo, entre o Marcelo Anthony e a Mônica(q se separaram e reataram) não há grandes diferenças já que menos de uma década é o que os separam cronologicamente e ela nem tinha quarenta anos quando do início da relação e quem sabe ela já não havia provocado esterilidade antes de conhecê-lo, né?
Afinal eles têm filhos adotivos, mas ela é mãe biológica(da relação anterior com o Wilker).
Vai ver é ele que é estéril...
Enfim... esse é um tema vasto e repleto de nuances.
Mas cada um, cada um, como diria o grande pensador desconhecido rsss
bjs
R.