terça-feira, 1 de setembro de 2009

Amarelei






engulo a seco
e regurgito soluços
batom vermelho
no riso amarelo
fecho a porta
e esqueço a chave
pretexto
para desacontecimentos
e o dia começa
o que a noite termina:
engulo soluços
e bebo a seco
o riso amarelo
no batom vermelho
regurgito silêncios
e numa esquina qualquer
sua alaranjada sombra
faz do mundo uma valsa
roda de samba
e poesia

Para Roberta

5 comentários:

Cristiana disse...

Eita que tempos de tribulções são profícuos, hein, florzinha?

Anônimo disse...

achei lindo!Faz um pra mim também?rsrsrs

Bjos e []s

Ivette Góis

lagarta disse...

borges danado é que dizia, da tristeza produtiva... dos tempos que querem se dizer, porque, caso contrário, podemos explodir. lindos versos, querida.

silvania lessa disse...

Amarelo é a minha cor favorita! :-)

AMARela Cavalcanti disse...

A-M-E-I!!!
ô Kenia, sua poesia já é linda por si só e amarela então...
O que posso dizer? Só obrigada, mas ainda sim é pouco, muito pouco!

bjus!!!