quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Não!




Não dou mais sopa pro azar. Não lhe dou mais chance alguma porque já dei muitas. Não abro mais minha casa, minha vida e minha confiança. Não quero mais papo por carta, telegrama ou telefone. Portanto, desista, não se humilhe, não jogue seu amor-próprio na latrina mais uma vez, se é que você algum dia teve. Porque a mim você não engana e já paguei a minha cota de ver filme repetido.
Vá cuidar da sua vida, seque suas feridas da mesma forma que eu sequei as minhas. Das muitas escolhas que fazemos na vida, algumas não têm volta e eu sou uma delas. Você, que sempre quis ter asas, agora que as tem quebradas, espera que eu, que fiquei parada te vendo ir sem olhar pra trás, possa lhe trazer algum consolo. Só que você se engana: eu sou seu inferno, eu sou o fantasma que vai estar sempre te lembrando do caminho sem volta. Eu sou a marca da sua insensatez, a desculpa que não cola mais. Eu quebrei o ciclo. Você, não. Eu segui em frente. Você, não. Você morreu. Eu, não.

3 comentários:

Anônimo disse...

Amiga,esse é pequeno mas pesa uma tonelada...

Bjos e []s

Ivette Góis

Kenia Mello disse...

Não fui eu, Ivette, foi o meu Eu Lírico. :)

otonarede disse...

Vôte! Que "lirismo"!
Quando eu estiver bem blavo, posso usar? :)

[ ], Oto