quarta-feira, 26 de março de 2008

Eu hoje quebro essa mesa...

Mas eu estou com uma raiva. Com muita raiva. Meticulosamente com raiva. Com aquela raiva que faz o sangue gelar, a boca franzir, o olho aguçar (esbugalhar além de ser feio, é dar cartaz demais a quem merece nenhum...).
Quanto mais eu digo que quero ficar sozinha, quieta, no meu canto, caladinha, mais certas criaturas me acham...
Ai, ai... Se tem uma coisa que não suporto nessa vida (e espero que, caso haja outras, eu leve esse nojo junto) é gente que joga baixo, que terceiriza maldade, que envenena tudo que está ao redor para provar que é mais forte e mais poderosa. Gente dissimulada é foda!!

Mas o bom de tudo isso é que minha fase ariana/impulsiva faz parte do passado. Hoje, espero. Prefiro assistir de camarote. Minha paciência é grande e eu não dou mais troco nem passo recibo. Só espero. É um clichê de merda, mas quem planta, colhe.
Uma das vantagens de ir envelhecendo é saber reconhecer artimanhas, estratégias manjadas e joguetes de gente estúpida, mas que acha que está inventando a pólvora. Esse déjà vu torna tudo até engraçado.

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Essa música é a minha trilha de hoje, pena que não consegui a bichinha no goear. Até com Alcione servia...

Pode Esperar

Nada como um dia atrás do outro
Tenho essa virtude de esperar
Eu sou maneira, sou de trato, sou faceira
Mas sou flor que não se cheira
É melhor se previnir pra não cair
Sou mulher que encara um desacato
Se eu não devolver no ato
Amanhã pode esperar
Estrutura tem meu coração
Pra suportar essa implosão
Que abalou meus alicerces de mulher
Mas a minha construção é forte
Sou madeira, sou de morte
Faça o vento que fizer

(Composição: Roberto Correa/Sylvio Son)

* Isso com pinga dá o que falar...

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Pois então, não tenho blog pra pagar de musa da conscientização global, discorrer sobre o mal e a sagacidade do capitalismo. Tampouco pra me mostrar a pessoa mais zen da face da terra - coisa que não sou nem quero ser -, nem pra dizer que estou crescendo enquanto ser humano legal, equilibrado e em sintonia com o que como, visto, leio e cago. Escrevo aqui o que estou sentindo, lê quem quer. Quem não aceitar minhas incoerências, minha subjetividade e meu mau humor ocasional que pegue a reta. Se um dia estou na minha, triste, recolhida e no outro estou encaralhada, o que isso tem de mais? Sei que esse meu modo assertivo fere a sensibilidade de quem busca enlevo e epifanias por aqui - às vezes até tem -, mas esse espaço reflete o que sou e não o que eu quero que as pessoas pensem que sou, combinado?

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Quem manda entupir o juízo de chocolate? Hoje congelo essas pestes todas. Carboidrato simples e gordura saturada não agregam, filha, só engordam e enlouquecem que já tem o pino frouxo, sabiamente diria Madame Ke...

4 comentários:

Anônimo disse...

Ah, eu faço que nem um sabio chines num texto que li há muito tempo...Quando fico zangada assim com alguém...Sento na beira do rio e espero...O cadaver do inimigo há de passar boiando, e eu vou ver. Só espero sentada...

Anônimo disse...

o ser humano quando joga baixo
vai ate aonde nem se imagina

Anônimo disse...

gosto dessa música,e só lembro dela com Alcione mesmo.
O bom é deixar as coisas seguirem seu próprio curso,esse povo costuma se enforcar com as próprias pernas...rsrsrs
de qq forma,continuo sempre vindo aqui,qdo rola uma epifania é bom,qdo não,tb saio satisfeita.rsrsrs

Bjos e []s

Ivette Góis

Reporter Bacurau disse...

Huahuahua!!

Pegou aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaar!