Este blog não tem a pretensão de ser nada além de um lugar onde eu tenha a liberdade de escrever o que quero. A cara dele será essa mesmo: uma colcha de retalhos das mais diferentes cores e padronagens, que vão sendo costurados ao sabor dos ventos e humores. Sejam bem-vindos(as)!
Bruno Costa perguntou qual é a minha opinião sobre as cotas para os negros nas universidades. Antes de falar sobre o assunto, gostaria que vocês dessem uma olhada neste vídeo (curtinho, um minuto e quarenta segundos) e pensassem no caso.
Não consegui ver o vídeo, mas registo desde já a minha opinião: sou contra as quotas na educação, ou no que quer que seja! A discriminação positiva produz efeitos tão nefastos quanto a discriminação negativa que é vulgarmente conhecida como preconceito, xenofobia, racismo, homofobia, etc. É um absurdo que um tipo só por ser preto tenha direitos que outros, brancos, amarelos, ou azuis, por vezes com piores condições não têm! As quotas devem existir em favor do mérito e não das características físicas ou geográficas.
Quotas não!!! O contrato, o acesso ou o que quer que seja deve sempre basear-se no mérito, no perfil e na capacidade. Nunca nas quotas. Nem mesmo as quotas para deficientes. Não concordo com elas. Um deficiente motor poderá possuir tantas capacidades como um dito "normal", sem deficiencia. Já é hora de deixarem de por os deficientes a fazerem de telefonistas quando podem muito bem fazer outro tipo de trabalhos.
Temos que ter cuidado com a Verdade. Depois que Marx descobriu a Ideologia, a verdade não é mais absoluta. Depois veio Freud e descobriu o Inconsciente, e ela, a verdade, depende de cada um de nós. O ensino médio e o fundamental públicos ficarão melhores apenas quando àqueles que usufruem deles forem dadas condições de melhorá-los. A classe média e alta brancas (já que elas não existem de outra cor) têm mostrado não serem o grupo mais indicado para cuidar desses problemas, o que a realidade confirma, visto que seus filhos não frequentam o ensino público. Isto serve para a saúde também. Quem é esse Governo que não muda essa situação? Esse Governo somos nós mesmos que formamos a classe dominante atual: brancos em sua acachapante maioria. Toda essa verdade meritocrática nos é muito conveniente. Será que não existem outras verdades além dessa tão superficial que nos favorece? Será que alguém que sofre discriminação desde criança, que percebe desde pequenino nos olhos de seus pais, esse sofrimento de discriminação, possui as mesmas condições para essa comparação meritocrática? E a que se resume essa comparação: fazer contas mais rápido, escrever sob um certo padrão, decorar fórmulas químicas. Abraços. Bruno
Engraçado e que, durante toda a vigência da "Lei do Boi", que obrigava as instituições de ensino superior publicas, que tivessem cursos de veterinária, agronomia e outros do género, a admitir, sem qualquer tipo de seleção, os filhos de proprietários rurais, não houve qualquer manifestação por parte da classe média, por que será? Essa lei vigorou por aproximadamente 30 anos no Brasil.
7 comentários:
Kênia: encontras Pucca na Kinitos. Em Casa Amarela. Bjokas.
Não consegui ver o vídeo, mas registo desde já a minha opinião: sou contra as quotas na educação, ou no que quer que seja! A discriminação positiva produz efeitos tão nefastos quanto a discriminação negativa que é vulgarmente conhecida como preconceito, xenofobia, racismo, homofobia, etc. É um absurdo que um tipo só por ser preto tenha direitos que outros, brancos, amarelos, ou azuis, por vezes com piores condições não têm! As quotas devem existir em favor do mérito e não das características físicas ou geográficas.
acho essa lei uma grande dircriminacao, isso sim
Quotas não!!! O contrato, o acesso ou o que quer que seja deve sempre basear-se no mérito, no perfil e na capacidade. Nunca nas quotas. Nem mesmo as quotas para deficientes. Não concordo com elas. Um deficiente motor poderá possuir tantas capacidades como um dito "normal", sem deficiencia. Já é hora de deixarem de por os deficientes a fazerem de telefonistas quando podem muito bem fazer outro tipo de trabalhos.
Temos que ter cuidado com a Verdade. Depois que Marx descobriu a Ideologia, a verdade não é mais absoluta. Depois veio Freud e descobriu o Inconsciente, e ela, a verdade, depende de cada um de nós. O ensino médio e o fundamental públicos ficarão melhores apenas quando àqueles que usufruem deles forem dadas condições de melhorá-los. A classe média e alta brancas (já que elas não existem de outra cor) têm mostrado não serem o grupo mais indicado para cuidar desses problemas, o que a realidade confirma, visto que seus filhos não frequentam o ensino público. Isto serve para a saúde também. Quem é esse Governo que não muda essa situação? Esse
Governo somos nós mesmos que formamos a classe dominante atual: brancos em sua acachapante maioria.
Toda essa verdade meritocrática nos é muito conveniente. Será que não existem outras verdades além dessa tão superficial que nos favorece? Será que alguém que sofre discriminação desde criança, que percebe desde pequenino nos olhos de seus pais, esse sofrimento de discriminação, possui as mesmas condições para essa comparação meritocrática? E a que se resume essa comparação: fazer contas mais rápido, escrever sob um certo padrão, decorar fórmulas químicas.
Abraços.
Bruno
Engraçado e que, durante toda a vigência da "Lei do Boi", que obrigava as instituições de ensino superior publicas, que tivessem cursos de veterinária, agronomia e outros do género, a admitir, sem qualquer tipo de seleção, os filhos de proprietários rurais, não houve qualquer manifestação por parte da classe média, por que será? Essa lei vigorou por aproximadamente 30 anos no Brasil.
Igualmente imbecil a Lei do Boi.
Agora, o que também acho engraçado é a vergonha que a classe média tem de ser classe média. :P
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