segunda-feira, 9 de março de 2009

Estupro: a culpa foi da menina de 6 anos!



Anônimo disse...

Apesar de eu não concordar com algumas doutrinas da Igreja Catolica, e mesmo a excomunhão ser besteira, porque ser humano nenhum tem autoridade diante do Altíssimo para barrar ou impedir uma benção, mas vejo que a postura do Arcebispo está certíssima e digo mais, certamente diante de Deus pela sua postura de impedimento ele não está culpado por este sangue inocente.Antes de culpar e cruscificar alguem deve se levar em conta a cumplicidade desta jovem mulher que não tem nada de menina, investigar se esta moça não foi registrada como recem nascida aos 2 ou 3 anos de idade, oara ter esta desenvoltura física, e quem são os legisladores, outros tantos nescios, e medicos para ter autoridade diante de Deus para arbitrar e decidir: este vai viver, este vai morrer. Certamente esta moça se alcançasse alguma fé, ao final da gestação estaria bem ela e seus dois filhos.
8 de Março de 2009 20:41


Quando eu penso que já tinha ouvido tudo sobre o caso da menina grávida de gêmeos, vem um comentário desses e mostra que eu estou completamente enganada e que o ser humano, por trás de um confortável anonimato, é capaz de ser podre, preconceituoso e cruel, muito cruel.

É certo que eu não deveria me chocar porque em se tratando de estupro, não é procedimento incomum desqualificar a vítima, usando o argumento de que ela, a mulher, nesse caso, uma menina de 6 anos, foi quem provocou o estuprador, forçando-o, coitado, a praticar a violência sexual. Mas não tem jeito, uma situação como essa me enoja profundamente.

Especialmente para a ICAR, a mulher representa o pecado, a tentação, de modo que não é de se estranhar uma justificativa desse quilate para o injustificável. E o comentário desse(a) fundamentalista demonstra claramente o menosprezo pelo sofrimento alheio, pela infância roubada e pisoteada dessa menina quando fala em
jovem mulher. E se a menina foi registrada com 2 ou 3 anos, teria, quando molestada sexualmente pelo padrastro, 8 ou 9 anos. Uma mulher, realmente, não acham? E, portanto, merecedora, per se, de ser estuprada por alguém que, na condição de padrasto, deveria protegê-la e ampará-la. Sim, mas ela deve tê-lo provocado...

Não, realmente não estou com a menor disposição para replicar um comentário miserável desses, vindo de alguém que é digno de todo o meu desprezo. Pessoas como você, anônimo, são a escória, portanto, volte para o esgoto de onde você saiu e faça bom proveito das suas teses misóginas.

19 comentários:

Anônimo disse...

O que se percebe em certos corações humanos, anônimos, dissimulados, silenciosos ou não, é uma intolerância exacerbada que arroga-se vestir a toga de juiz.
Assim caminha a humanidade...
bj
R.

Anônimo disse...

só mesmo protegido pelo anonimato alguém pode fazer um comentário abjeto desses.Era só o q faltava mesmo. Quero ver qual será o argumento para desqualificar o horror do estupro da outra irmã q é deficiente metal.Será q ela teve capacidade de seduzir o pobrezinho do padrasto tb?
Como vc mesmo disse,Kenia,é melhor essa criatura voltar por esgoto de onde saiu.

Bjos e []s

Ivette Góis

Anônimo disse...

quando pensava que a humanidade atingiu o fundo do poço, vem um e cava mais fundo. mas, como a telinha bem disse no blog dela, que eles sejam julgados pelos mesmos parâmetros com que julgam.

Dani (ela) disse...

medo de ter sido uma mulher...

é o que vem mais forte à cabeça agora.

Anônimo disse...

Essa pessoa deve estar querendo polemizar pq eu não acredito q alguém possa pensar tamanha imbecilidade e absurdo!

Anônimo disse...

Podemos pelo menos agradecer a D'us por não vivermos num Estado Fundamentalista Islâmico, pois aí sim a coitada da menina seria apedrejada acusada de ser responsável pelo adultério do padrasto.

Governo e religião devereiam ser imiscíveis!

Anônimo disse...

Kenia, o Brasil é uma terra fértil, passiva e muito receptiva para qualquer doutrina que se jogue no ar. Basta ver os políticos eleitos por nós. Daí, é fácil compreender em que países o Vaticano se permite mostrar ou não a sua verdadeira cara. O meu problema nem é tanto pela obtusidade deste papado ou apontar o dedo nos dogmas, sendo este um problema dos católicos. (O problema/azar é deles(rs)!) O que absolutamente condeno é o Estado dar peso à qualquer corrente religiosa, já que ele deve me representar como cidadã sob as leis naturais e jurídicas. Só mesmo num terreno fértil como Brasil para ouvir aberrações como esta, do arcebispo. Que vá tentar impor isso, por exemplo, lá nos países escandinavos, que quero ver as respostas que ele terá(rs)! Aliás, nem receberá alguma indignação do povo. Beijos!

Anônimo disse...

Kenia, desculpe se posto 2 vezes. Me veio uma curiosidade e me permití te perguntar aquí. Ainda existem daqueles formulários - públicos ou privados, com ou sem importância - nos quais além de preencher os dados pessoais (endereço, profissão, etc) pedem também a nossa religião? Creio que eu tenha preenchido algum desses, ainda nos anos 90, porque se persistir, então a coisa é grave!

Kenia Mello disse...

André,

Para mim não existe um fundamentalismo melhor que o outro. Todos são igualmente perniciosos. Em outras palavras, o sujo não pode falar do mal lavado. Ela pode até não ter sido apedrejada fisicamente, mas sua vida está devastada: sequer pode voltar para a cidade onde mora sob o risco de ela e a mãe serem hostilizadas por terem simplesmente agido em consonância com a lei.

Kenia Mello disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Kenia Mello disse...

Luma, dos que tenho preenchido (oficiais), não lembro de constar o dado religião.

Quanto a comentar mais de uma vez, fique à vontade! :)

Giovanni Gouveia disse...

SE ela tivesse sido "registrada como recem nascida aos 2 ou 3 anos de idade", a colocaria com 11 ou 12 anos de idade, tipificando, ainda, como estupro presumido, segundo o código penal...

Entre os "legisladores, outros tantos nescios, e medicos para ter autoridade diante de Deus para arbitrar e decidir: este vai viver, este vai morrer." deveria estar inclusa a hierarquia da Igreja, também.

tenonuti

ATG disse...

A partir do momento em que eu vi em Portugal um indivíduo moldavo que violou a filha de 4 anos e disse que a confundiu com a mulher porque estava bêbado, passei a acreditar em tudo.

Beijos

Anônimo disse...

e deve er tido alguma experiencia muito de perto

Lívia de Mello disse...

Sinceramente, quem pensam que são esses hipócritas todos? O que essa aberração anônima disse não passa de insanidade. Por mais que exista todo o tipo de opiniões a respeito do assunto, o que vimos até agora foi uma maioria esmagadora de indignações com a igreja, com a advogada (será que ela sabe o que é violência presumida?), com a situação toda de constrangimento e violência que envolveu essa CRIANÇA, isso se chama senso comum, o mais aceito como normal. Dessa forma, só nos resta pensar que essa "persona non grata" não deve ser muito normal, no mínimo suspeito.
Nossa raiva e repúdio não ultrapassarão estes comentários, pois nem isso essa criatura merece.
Abraços aos amigos de bom senso.

Beth/Lilás disse...

Kenia e amigos,
A gente sai e volta de férias e este país continua a mostrar misérias, podridão humana e miseráveis abomináveis como este anônimo!
Tô de saco cheio de tudo isso!
Como disse a Luma, se fosse lá nas Escandinávias, duvido se uma atitude dessas seria aventada pela Igreja!
abs carioca

Marco Yamamoto disse...

Eu sou a favor do livre pensamento, mas tem horas que o preço que pagamos por acreditar na liberdade é alto. Principalmente quando temos que ler um comentário deste naipe...

Simplesmente repugnante.

Edi Sievers disse...

É espantoso que alguém em sã consciência defenda a "desenvoltura física" dessa criança como justificativa para o que aconteceu! Ainda que ela tivesse 18 anos e fosse lindíssima e desejável, nada justifica o que aconteceu, afinal trata-se do padrasto, alguém que deveria zelar e proteger a integridade física dessa menina. Uma justificativa asqueroza como essa faz parecer que todas as mulheres, dentro de um padrão físico que desperta a libido dos tarados que andam livres por aí, mereçam ser violentadas! Em que mundo estamos vivendo? Se somos seres civilizados, um simples "não" bastaria para conter esses ímpetos primitivos! É esse tipo de doença moral que faz com que a gnt perca a fé, não só nas religiões, mas na humanidade em geral!

Kenia Mello disse...

Ediane, seja bem-vinda. :)