sábado, 1 de agosto de 2009






Memória afetiva é uma coisa séria e muitas vezes a dimensão de certos fatos só é percebida anos depois. Quando eu era menina, tipo uns 7, 8 anos, costumava ler uma enciclopédia histórica do meu avô, da Editora Bloch - um dos tomos, por sinal, tenho comigo. Num deles, de História do Brasil, havia umas páginas dedicadas a
Tiradentes, à Inconfidência Mineira e coisa e tal. Mas o que me impressionava mesmo eram as fotos do cara com a corda no pescoço. Outra, pior ainda, era a das partes do corpo arrancadas e penduradas não lembro onde, aquelas fotos clássicas da execução. Anos depois, as peças se juntam e encontro, nesse desvão da memória, a resposta para algumas questões. E certos insights vêm nas horas mais improváveis: estar atento a pequenos detalhes faz toda diferença. Racionalizar é preciso, embora quebre o encanto da maioria das coisas.

2 comentários:

Anônimo disse...

o inconsciente costuma mesmo pregar muitas peças e muitas vezes elas se encaixam espantosamente.

Bjos e []s

Ivette Góis

Beth/Lilás disse...

Isso é verdade, quantas imagens de infância hoje foram revisitadas em minha mente, só que a iterpretação é bem menos espantosa.
bjs cariocas