
vorazes, velozes,
em adestradas rotas
ora sinuosas,
ora em linhas retas,
às vezes em erráticas formações
seguem...
operárias que mourejam fardos maiores
que os seus diminutos corpos
e afainam-se e laboram
numa dança precisa e silenciosa,
elas que tão-somente
carregam o que lhes cabe,
o que lhes é devido das sobras,
dos descuidos e dos desperdícios
E deles fazem morada, esconderijo,
aprovisionamento
a formiga,
alheia aos desmantelos que a cercam,
caminha exercendo seu mister,
e cumprindo o destino de inseto,
ensina a perenidade da espécie
pela aceitação
de pertencer a um exército sem face,
suprema ausência de designativos
a formiga,
mais uma dentre tantas,
desconhece a real fragilidade
do seu corpo tenso, alerta e febril,
expondo ao desinteresse e à repugnância
a sua grandeza abatida
por um gesto de displicente esmagamento.
9 comentários:
Lindo.Emocionante e observá-las trabalhando, em fila, carregando seus víveres, não podemos imaginar o ato de maldade, desses esmagamentos que sofrem!beijos,chica
lindo mesmo,já estava com saudade dos seus poemas.Apesar de não gostar muito de insetos,formigas não são a exceção,tb acho formidável o senso de grupo delas,mesmo genético,não deixa de ser admirável.E a fábula da formiga e da cigarra não tem como não ser recorrente...rsrsrsrs
Bjos e []s
Mas bah, guria.
Esmagá-las me doi...Mas afinal, preciso colher minhas couves.
Somente isso, Kenia: lindo!
:)
p.s. usei um escrito teu(que gosto muito)num post, dia desses, mas cieti a fonte, nem se preocupe com os royalties.
xero
Abaixo-assinado:
Cadê Bety Faria???
Indicação: George Eads
Conheci primeiro a poeta e agora sua poesia. Belíssimas pessoa e poesia. Bjo
Paty, Luciano, sejam bem-vindos!
Chica, qual é o seu blog? Nunca sei porque você tem um monte relacionados. :)
Todos, beijos e obrigada pela visita mesmo sem que eu possa me dedicar ao blog.
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