sábado, 30 de agosto de 2008

Meu iaiá, meu ioiô...



Falando em verdade interior, no começo da semana, quando eu ainda não me encontrava no leito de morte do qual lhes escrevo, estava eu na academia, suando na esteira e a TV ligada no mavioso e instrutivo programa de Ana Maria Braga. Passava uma entrevista com um casal: ele, brasileiro; a moça, sul-americana também, mas não recordo o país. Conheceram-se numa viagem que ele fez aos Andes, ao Peru mais especificamente (sugestivo, não?).

Tinha ido em busca do seu eu interior, da sua verdade. Não, não queria encontrar o amor, a taça estava cheia, nas palavras dele. Já ela viajou com a intenção de arrumar um macho conhecer o homem de sua vida. E assim foi.

Aí, depois do filminho da viagem, Ana Maria começou a conversar com o casal. Perguntou à moça se ela estava trabalhando e em quê - estão casados há pouco mais de um ano e residem em São Paulo. A resposta dela foi sensacional: estou trabalhando meu eu interior. Adoro quem dá a cara-de-pau à tapa assim, em rede nacional, minha gente.

Daí que continuou o derramamento de amor pleno e transcendente, energia, predestinação, eus interiores e que tais. Uma viagem de mescalina, tão ligados? Num determinado momento, Ana Maria perguntou à moça quando é que viria um bebê. Ela nem piscou: agora nosso filho é o livro! (Eles estão lançando um livro com fotos da viagem e a história deles, claro).

Aí eu pensei lá com o meu top: ué, cadê a energia do amor que se concretiza com o fruto desse encontro que, como gralhava Tetê Spíndola, estava escrito nas estrelas? Pois sí... La plata, mis hijos, la plata nel pie del cipa. Sem ela, as coisas não fluem nem transcendem. Nem a pau. Nem no Peru.

17 comentários:

Erick Macau disse...

não entendi o seu post, mas o achei engraçado.

abraços libertários

Kenia Mello disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Kenia Mello disse...

Juro que tentei, mas não consegui desenhar. Vou traduzir a expressão para o português: O dinheiro, meus filhos, o dinheiro no pé do cipa (esse é auto-explicativo, non?). :)

Reporter Bacurau disse...

"la plata nel pie del cipa"... huahuahuahauhauahua

chorei de rir...

KS Nei disse...

Acho melhor voce mudar de academia ou dominar o controle remoto da tv desta.
Endorfina + am braga = peru no pe do cipa (?)

Beth/Lilás disse...

kakakakka
Coisa de loco, menina.
E aquela que diz que faz capa de revista pelada e diz que foi um ensaio fotografico belissimo e sem nenhuma outra intencao, a nao ser mostrar um trabalho serio e artistico. Ta bom."la plata nel pie del cipa", mesmo.

Desculpe os erros e a falta de acento, mas odeio o laptop do marido, pois nao consigo achar direito as coisas. humpf..

Melhoras, garotinha.


(meus comentarios anteriores naoapareceram, porque sera?)

ATG disse...

O amor é tão bonito... snif snif. O amor de conveniência que surge quando estamos desesperados quer seja pelo nosso baixo nível social, quer seja pelo relógio biológico, mais bonito ainda é.
Olha que não me admiro nada que essa senhora venha a ter um filho de verdade, só para poder aprofundar mais ainda esse seu eu interior e poder anunciá-lo ao Brasil inteiro como sendo um bebé conseguido através da conjugação do ying com o yang. O que o Brasil se esquece é que com esse bebé ela prende o marido de vez e se a quiser mandar embora algum dia lá vai ter que pagar uma bela pensão de alimentos até ao fim dos seus dias!
Pois eu tenho um recado para todas as mulheres (aos homens, as senhoras encarregar-se-ão de dizer) que queiram trabalhar o seu "eu interior", enquanto o meu eu interior e exterior trabalha a relação com os meus patrões e colegas de escritório 10h ao dia: go hang!

Beijos

Kenia Mello disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Kenia Mello disse...

Nei San, o problema é que freqüento a academia num horário em que o povo que gosta de AMB freqüenta também, de modo que quando subo na esteira o mal já está feito.
Ah, sim, peru no pé do cipa é redundância, viu? Mas há quem goste. Hohoho

Lilás, amiga, seu último comentário foi pro post Curtinhas.
E essas muleres e seus nus artísticos são o máximo, não? Elas mostram o útero, oops, o eu interior mesmo!
Obrigada pelo garotinha. Hohoho

Ale, com o casal do programa foi diferente: ambos têm o mesmo nível sócio-econômico de modo que o livro dará muito mais lucro pra ela do que um filho. :P

O que eu achei engraçado foi a cara-de-pau dos dois com tanta transcendência, energias e demais baboseiras e, no final, estarem ali pura e simplesmente pra vender o livro.

Beijos pra vocês.

ATG disse...

É o poder do Marketing... e do esoterismo do século XXI. Farto-me de ver um pouco por toda a parte essa gente do reiki, das energias, etc... que no fim das palestras sobre Universo, pureza, sentimentos e amizade entre todos pede dinheiro por um livro, por uma palestra, ou até para dar um simples abraço... transmissor de energias!

beijos

Anônimo disse...

comentário nada-a-ver com o escopo do post, pero despertado pela leitura dos fatos: mania besta que essa amb propaga quando pergunta de futuros filhos só porque a pessoa arrumou um par, como se procriação fosse a finalidade derradeira dum casamento.

tem também a... errr... expansão do eu interior e... ahn...

ah, xá pra lá.

ATG disse...

Batatatransgenica,

o instituto do casamento foi criado com o intuito de formar família, e duvido que uma família se possa formar por duas pessoas apenas, sobretudo porque existe algo chamado morte e se se quiser formar uma verdadeira família, convém deixar descendência. Senão até é família, mas é incompleta. O Ser Humano tem a natureza procriadora. Não gosto da AMB, mas nesse teu apontamento dou-lhe razão.

Kenia Mello disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Kenia Mello disse...

Naomi, mas isso não é coisa de cumade, fia? Tipo, se você namora, quando é que casa? Se casa, quando vem o primeiro filho? Se vem o primeiro filho, quando vem o segundo? Se vem o segundo, cadê o terceiro? Se vem o terceiro, puta que pariu, essa porra não tem TV em casa, não? É assim. A gente ou sofre calada ou manda praquele lugar...
Beijo.

Ale, o conceito de família visando apenas à descendência está meio defasado hoje em dia, né? Tenho amigos, casais hétero, que não querem filhos.
Por outro lado, casais homo querem adotar crianças, outros não querem.
A família, enquanto instituição, mudou tanto... Acho que o que define uma família hoje em dia é a busca da felicidade (veja como estou meiga hoje!), vindo ela (cacofonia da peste!) com ou sem descendentes, naturais ou adotivos.
Beijo.

Unknown disse...

Só uma perguntinha: trabalhando o meu eu, me aposento em qtos anos?

Xêro.

Kenia Mello disse...

Brimo, levando em consideração a lentidão do seu eu, diria que essa aposentadoria demora um pouco a sair. Daqui a mais ou menos uns 40 anos. Hohoho
Beijo.

Reporter Bacurau disse...

Huahuahuahua!

Primo fuleirage num procedeu, a tesoura comeu...