quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Criança, a alma do negócio



Para quem tem filhos pequenos e precisa travar lutas diárias contra a TV e a publicidade. O vídeo abaixo é uma amostra de como a coisa é intrincada e maldosamente direcionada a criar, desde cedo, uma massa alienada de consumidores. A solução? Limite as horas em frente à TV e, se possível, esteja junto, fazendo uma leitura crítica do que a sua criança vê. Use uma linguagem direta, franca e objetiva. Bom senso é uma coisa que se cultiva e o tempo é agora.





O vídeo na íntegra é longo, mas quem puder, veja, porque é muito interessante:





Grande dica da Bodega.


Update: Bastante pertinente e bem contextualizado este comentário, apesar de anônimo:

Essa fórmula é bem conhecida: faça o que eu digo mas não faça o que eu faço!

Madonna ícone e ao mesmo tempo iconoclasta, que vive da imagem e da venda dela, proibe seus fiilhos de verem tv. Legal né? Os filhos dos outros podem inclusive consumir a sua imagem e tudo que está por trás, mas os dela não.

Assim são os publicitários, fazem propaganda de refri pros filhos dos outros, os deles, não tomam.


58 comentários:

João Eurico disse...

O marketing hoje em dia usa técnicas de cooptação semelhantes as usadas nas religiões. Como já dizia Jesus, traga-me a criancinha e eu lhe devolverei o homem (doutrinado). Alguns padres católicos entenderam errado esse lance e trocaram o adjetivo "doutrinado" pelo "sexualmente abusado", mas isso é outra história.
No documentário "Supersize me" o processo de cooptaçào infantil pelo marketing da McDonalds é demonstrado de forma muito didática.
Podemos condenar essa prática e até regular o comportamento mas no fundo o que importa é como os pais educam o filho para desenvolver um senso crítico em relação ao mundo em geral e a propaganda/marketing em particular.
Inibir o contato, abolir o marketing, não resolve a longo prazo. Não podemos criar os filhos em uma redoma, não podemos protegê-los de tudo quanto é coisa ruim que existe no mundo. No entanto, podemos prepará-los para enfrentar essas coisas.
Contra o merchandising, educação e espírito crítico.
Contra o abuso, o bom senso.
Isso quem ensina são os pais. Não é governo, não é a escola e muito menos a igreja.

Anônimo disse...

vou mostrar esses vídeos pras minhas noras...
Péssimo isso tudo e só de pensar q muitos pais nãoa cham nada de mais em dar tudo para uma criança,chegando ao ponto de a TV ditar a dieta da criança...A culpa é dos pais q se acomodam e preferem deixar a criança a mercê da televisão do q perder tempo orientando.Depois se queixam e perguntam onde erram, Revoltante.

Bjos e []s

Ivette Góis

casa, cores e coisas. disse...

Amiga.... embora eu não tenha conseguido ver o vídeo, e como publicitária feliz que sou, vou ter que responder o seu texto, já que vc me convidou pra ler. Rsrsrs!

A publicidade, sobretudo na tv, na minha opinião, é o que menos deveria preocupar os pais. Afinal, “criar uma massa alienada de consumidores” não é privilégio somente da publicidade. As crianças, entre si, fazem isso corriqueiramente e sem nenhuma maldade. “Mamãe, compra uma boneca tal pra mim? Minhas amigas da escola têm e eu ainda não”. Este é apenas UM dos exemplos. Sem falar dos desenhos animados que viram brinquedos, não fazem propaganda e já estão na lista de desejos dos nossos filhos.

Preocupante mesmo são alguns canais que se dizem “infantis” e mantém na sua grade desenhos animados com personagens que:
- sonham em ter mais de um nariz pra ter a oportunidade de tirar mais sujeira dele;
- arrotam em alto e bom som e acham lindo esta prática;
- usam palavras fortes e desventurosas como “idiota”, “imbecil”, etc;
- empregam habitualmente “gírias” como “irado” e outras que não lembro agora;
- mentem pra se dar bem;
- fofocam e criam inimizades;
- cultivam a violência física;
- fazem trapaças e ainda têm um final feliz, como se fossem inteligentes e heróis.

E mais! Nunca se viu uma criança “doente” por causa de um comercial de tv. Mas o que se vê muito, e muitas vezes entre nós, são crianças vítimas de pais desajustados e de uma sociedade preconceituosa. E quanta coisa ruim tem neste mundo afora, muito pior que as propagandas de brinquedos, heim?

Contudo, prefiro que meus filhos assistam livremente as propagandas feitas especialmente para eles e desejem messssmo o que os comerciais oferecem. Pois muitas vezes são brinquedos educativos que contribuem com o desenvolvimento deles. Além disso, como mãe, posso impor limites a eles dizendo que: “Este eu não posso. É muito caro”. Ou ainda: “Você já tem um parecido com este e nem brinca. Pra que tanto? Tem tanta criança que não tem nenhum!”.

E se a publicidade for mesmo irresponsável – o que é difícil acontecer hoje em dia, pois existem normas sérias, sobretudo para comerciais cujo público-alvo são crianças – tem o Conar (Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária) pra tirar a peça do ar. E eles fazem isso com uma rapidez...... Rsrsrsrs!

Enfim! Profissional ruim tem em todas as áreas, né? Tem professor que alicia alunos, tem médicos que retalham pessoas sem ter estudado pra isso, tem jornalista que vive de matéria paga, tem babá que bate nas crianças... político então, nem se fala. Kkkkkkkkkkkk!!!

É isso.

E viva a liberdade dos nossos filhos! O resto a gente faz. ;)

Já chega, né? Vou lá... tenho muitos comercias a fazer. Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!

Bjos.

Molga.

Patricia Daltro disse...

Não conhecia esse documentário, mas tinha lido a respeito desse tema, desdes os tempos da faculdade de psicologia - lembro de uma aula onde o professor falava coloque crianças, animais e idosos e seu produto já está 70% garantido!

Tento educar meu filho da melhor maneira possível, não dá para retirar a tv da realidade dele, mas a restrição de horário, programas etc tem que ser exercida por parte de nós pais!

Ele agora tá na fase de ver algo na tv e pedir, na maioria das vezes opto por conversar e mostrar que ele tem similares em casa e que podemos brincar igual com aquele.

Brincar com ele, esse tem sido o grande diferencial na educação dele, ao brincar, você ao mesmo tempo que o afasta da tv, também ajuda na construção de um imaginário que substitui o consumismo.

Lembro da última reunião com a professora dele e o susto ao ouvir relatos por parte da professora que dizia que meninas de 3ANOS se recusavam a pintar por que não queriam estragar as unhas esmaltadas!

Ou que não podiam correr por que não queriam estragar os tênis da Barbie!

Foi ótimo ouvir a professora dando uma chamada desses pais que retiram a condição de crianças e transforma em pequenos adultos mimados e consumistas.

Obrigada pelo vídeo.

Kenia Mello disse...

Molga, a base de todo o seu comentário está no que falei antes: bom senso! É o pai e/ou a mãe estar junto e dizer a razão de determinados comportamentos, explicar o que há por trás de certos apelos subliminares, estabelecer limites.

Concordo com você que nos canais infantis, pagos, há muita coisa ruim, não é só na propaganda, não. Nisso também deve haver uma triagem por parte dos pais e responsáveis.

Mas quando você diz que a menina consome porque a amiguinha da escola tem, eu pergunto: e a amiguinha da escola viu onde?

Claro que como publicitária e apaixonada pelo que faz é natural que você queira defender o seu ponto de vista e o fez com muita propriedade quando falou que maus profissionais existem em todas as áreas. Porém, não creio que uma criança, ainda na primeira infância, tenha condições de exercer essa liberdade com plena consciência e sem manipulação - se tem adultos que se deixam levar, que dirá uma criança de 4 anos...

Seria bem interessante se você pudesse dar uma olhada nos vídeos (o primeiro, que tem menos de 5 minutos, pelo menos) e pudesse ouvir depoimentos de profissionais que lidam com crianças (educadores, psicólogos, assistentes sociais e advogados).

Beijos.

casa, cores e coisas. disse...

more... consegui ver o vídeo! e, depois disso, não retiro nada do que escrevi. rsrsrsrs! eu não dou crédito a essas produções/edições tendenciosas. rsrsrs! aaaaaaaaahh... uma menina naquela idade não conhecer um pimentão?? um chuchu??? tenha santa paciência, né? isto não é fruto da propaganda, isto é fruto de pais ausentes!!!!!

te respondendo... os desenhos animados ruins não estão somente nos canais pagos. e as meninas que consomem pq são influenciadas por outras, não precisam ter comprado o produto pq viu nos comerciais de tv. existem outras formas de desejo de consumo e todos nós, esclarecidos como somos, sabemos disso. ;) o que eu acho mesmo é que precisamos "travar lutas diárias" contra muitas outros assuntos realmente preocupantes como a fome, o preconceiro, a prostituição infantil, a evasão escolar, a violência física, mental, doméstica............. etc.

mas esse tipo de discussão é sempre muito salutar.

bjossssssssss!

casa, cores e coisas. disse...

viram*

muitos**

Anônimo disse...

É, o buraco é mais embaixo, o problema pra mim não é mesmo da propaganda e sim a falta de atenção dos pais... Saber dizer sim ou não ao pedido dos filhos.
E não venham me dizer que é difícil, pq quando digo não, é não mesmo. Ocupar o tempo ocioso da criança é muito importante também. E o tempos mudaram né? não vamos querer agora dizer que as crianças de hoje são iguais as de antigamente, hoje são muito mais rápidas e espertas, será que é o "hormônio no frango"???

Kenia Mello disse...

Molguita, sem dúvida que a fome, o preconceiro, a prostituição infantil, a evasão escolar, a violência física, mental e doméstica exigem de nós combatividade, mas uma coisa não exclui a outra.

Sobre os legumes, não achei tão absurdo assim, não. Tendo em vista o monte de porcariada que a criançada come, não saber o que é um chuchu não me pareceu tão surreal assim. Você sabe as brigas que tive que comprar na família, inclusive, pela anomalia de Mariana não tomar refrigerante... No vídeo original também são apresentados animais como a capivara e outros que eu não recordo bem, animais que não eram gato e cachorro, claro, mas que as crianças igualmente não reconheciam. Depois foram jogados os ícones de propaganda que aparecem no vídeo menor e bingo! O vídeo do Youtube, dá uma boa resumida, mas não mostra a linha condutora do documentário.

Sobre as meninas não serem influenciadas pela propaganda na hora de querer uma plataforma, por exemplo, muita culpa também é das mães, que não sabem impor limites, concordo.

Mas também o que eu mais vejo é adulto sem noção, que inscreve filha em concurso de Mini Miss Mundo, assunto que já deu tanto pano pra manga aqui no blog. Gente sem discernimento e noção que não sabe, por exemplo, que ao comprar um cavalo de aço daqueles para uma menina de 5 anos, está causando danos à sua coluna e articulações ainda em formação.

No dia que depois de uma propaganda de um sapato desses destinado ao público infantil mostrar um ortopedista alertando para esses males, aí, sim, eu vou enxergar alguma responsabilidade na coisa.

Beijos.

Kenia Mello disse...

Complementando: os adultos alienados como a hipotética (porém realíssima mãe da plataforma) são os que franqueiam a entrada dos filhos no mundo coloridinho do Eu tenho, você não tem.

E, sim, Andrezza, o buraco é mais embaixo mesmo. É bem mais conveniente jogar a criança na frente da TV do que interagir, brincar, ajudar nas tarefas, enfim, participar da rotina da criança.

Os tempos mudaram, muitas vezes os pais passam o dia na rua na luta pela sobrevivência, não é fácil. Mas isso não deveria ser o salvo-conduto para o liberou geral ou para a compensação da culpa dando tudo que a criança quer. Que o tempo que se tem em casa com os filhos pelo menos seja usado com qualidade e lucidez.

E, sim, o frango de granja, com os seus hormônios sintéticos, mas não só ele, é o responsável pelas menarcas precoces das meninas, by the way.

casa, cores e coisas. disse...

eu jamaaaaaaaaaaiisss compraria um "cavalo de aço" pra minha filha. como, de fato, nunca comprei. acho um absurrrrrrrdo!

e creio q o problema maior é permitir a fabricação (fabricante), e permitir o uso (pais/responsáveis) já q faz tanto mal às crianças em formação. e se é permitido fabricar é óbvio q é permitido divulgar. rsrs! assim como se pode propagar bebidas alcoolicas e cigarro... consome quem quer. não vejo pq culpar a publicidade!!

a minha filha só consome o que EU julgo saudável pra ela. pelo menos por enqto. kkkkkk!

e, no meu ponto de visto, é isso q deve ser feito: IMPOR LIMITES AOS PEQUENOS mostrando sempre o q deve ser consumido e o q não deve. e, lógico: explicar os "porquês". e, assim, eles vão aprendendo o que presta e o que não presta.

;)

bjo, gata garota.

casa, cores e coisas. disse...

vista*

Anônimo disse...

Não pude ver o video inteiro ainda mas pelo pouco que vi e sei a respeito e também convivendo ativamente com uma sobrinha de 8 anos de idade e uma neta "idem" de quatro anos - esta última dentro da minha casa- percebo que as questões continuam as mesmas: DANOS causados por falsos valores, ausências, transferências... enfim, um mix de inconsequências em efeito dominó onde pais desatentos à sutileza dessa cilada delegam sua função de administrar todo esse fascínio que salta aos olhos de todos.
De repente, eles próprios estão confusos e fascinados... :(
bj
R.

casa, cores e coisas. disse...

Fato!!!

Kenia Mello disse...

Nessas horas, eu só lembro de uma amiga minha, Elga, que deve estar acompanhando essa discussão caladinha, mas que tem um mote muito interessante: Numa crise, enquanto uns choram, outros vendem lencinhos.
É por aí que a banda toca. ;)

Anônimo disse...

Apesar de ser só tia e não participar muito diretamente do dia a dia dos sobrinhos, já vi cada cena em shopping onde crianças davam verdadeiros escândalos e os pais cediam e faziam a vontade q fiquei besta. E o q eles queriam eram coisas q tinha propaganda no DiscoveryKids pq meus sobrinhos tem e assistem tb.
Os pais tem problema em dizer não e a publicidade entra por aí pra dizer o sim final.

Anônimo disse...

Por isso que faço a pergunta, será que o grande problema é da publicidade, ou dos pais que não sabem dizer não e o único passeio que sabem fazer é levar os filhos domingo ao shopping, e ainda assim achando "um saco"...

Anônimo disse...

pelo menos não se faz mais propaganda de cigarrinhos de chocolate hehehehe

Anônimo disse...

A propaganda pode influenciar a criança, mas quem compra são os pais. Eles é que deveriam controlar os hábitos de consumo dos filhos, não colocar a culpa na TV.

Kenia Mello disse...

Andrezza, mas aí é que está a desonestidade da coisa. Você acha que as agências de publicidade que têm as crianças como filão não vão nesse ponto nevrálgico, não? Toda campanha publicitária é feita em cima de pesquisa, querida. Essa lacuna dos pais ausentes/sem saco/culpados vira ouro nas mãos de pessoas com intenções duvidosas (e isso não é só nessa área, não).
Mesmo pra quem se empenha em acompanhar os filhos, a luta muitas vezes é desleal. É você, como mãe, ser taxada de careta, radical etc. Conheço esse filme. Nessa área, ninguém vende seu peixe por bondade, não. É lucro mesmo.
Acho que os pais e/ou responsáveis têm que ficar de olho mesmo e ir de encontro ao que for abusivo. Se em países ditos do primeiro mundo a publicidade tem horário restrito - e olha que o nível cultural dessa população está muito além da média da nosso - por que que aqui deve ser esse vale-tudo e a coisa correr solta?

Kenia Mello disse...

Gente, eu não vou ficar me repetindo. Acho que meus comentários refletem a minha opinião sobre o papel dos pais nisso tudo. Como eu disse no post, o acompanhamento do que a criança consome, seja na TV, net, escola etc., deve ser feito pelos pais para que desde cedo as crianças saibam usar o bom senso nas suas escolhas.

Anônimo disse...

Sim eu nunca disse que era mentira, mas alguém tem que comprar pra elas.

Sim e porque que nós somos obrigados a ficar ouvindo o grito das Casas Bahia toda hora???

Anônimo disse...

Kenia, nisso eu concordo! Os pais tem que monitorar as crianças. Temos que lembrar que o bom senso se forma nessa idade, então é bom os pais ficarem de olho e educar os filhos.

Anônimo disse...

Sim~ o papel dos pais e da escola é esse mesmo EDUCAR! o da TV não. A não ser que os pais deixem um só canal - TV Cultura.

Eu também não vou ficar discutindo isso, tenho um filho de 9 anos e sei muito bem impor os limites. E garanto que ele NUNCA fez escêndalo num shopping, não gosta de MC Donalds, nem de refrigerante, e quando entro no shopping a primeira coisa que ele faz é entrar na livraria. Acho que esse sim é o que vale a pena.

Kenia Mello disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Kenia Mello disse...

Andrezza, querida, então você quer dizer que o papel da TV deve ser esse mesmo? Deixe-me ver se entendi: os pais devem educar, orientar, monitorar. A escola deve educar formalmente, orientar e monitorar. E à TV fica delegado o papel do desserviço? E cada um que se vire pra correr atrás do prejuízo - a não ser, claro, que só se veja a TV Cultura? E exigir um pouco de ética não seria legalzinho, não?

Acho que estamos andando em círculos porque eu não disse que TUDO é culpa da TV e da propaganda, mas, sim, a conjunção delas com a ausência/omissão e sem saquice dos pais.

Anônimo disse...

O papel da TV é entreter, ué. Cada um assiste o que quer e depende da educação que a criança recebe em casa ela saber o que deve e o que não deve absorver do que assiste.

Anônimo disse...

EJT,sim o papel da TV é entreter,mas voltando ao ponto q Kenia colocou:mesmo na área do entretenimento não é necessário q haja um pouco de ética e responsabilidade?Cobrar isso causa tanto espanto pq?
Não é de se admirar o ibope dos BBBs da vida...

Bjos e []s

Ivette Góis

Anônimo disse...

Mas BBB não é pra criança

Anônimo disse...

EJT,eu por acaso falei q era?rsrsrsrs
Deixa pra lá...rsrsrs

Ivette Góis

Karinne disse...

Assino embaixo de tudo que Molga falou.
Também não acredito que a culpa seja da publicidade. Minha filha de apenas 3 anos e meio já passa boa parte do dia na TV, porque não posso ficar com ela o tempo todo, por causa do velho trabalho... E, no entanto, ela não toma refrigerante e nem pede tudo que vê na TV. E quando pede algo eu explico que “aquilo não pode por tais motivos”. Acho que a culpa, inevitavelmente, é dos pais que não põem limites. Talvez por estarem ausentes boa parte do dia, queiram ocupar esse “vazio” com os pedidos das crianças, pensando que essa é a melhor forma de fazê-lo.
O “barato” da publicidade está em ela propagar sua idéia e alguém aceitá-la ou não. Ninguém abre uma cabeça e enfia uma coisa dentro.(Senão, estaríamos todos lá junto aos EUA matando os iraquianos.) E aí, vem o papel dos pais... O consumismo vem de nossos desejos internos, e se você mostrar a seu filho desde cedo que nem tudo se pode ter, nem ninguém é melhor que o ninguém porque tem mais, então despreocupe-se e deixe-o assistir, à vontade, as propagandas mais criativas que existem no mundo, a nossa.

casa, cores e coisas. disse...

é isso!!!!
=)

Anônimo disse...

Essa fórmula é bem conhecida: faça o que eu digo mas não faça o que eu faço!

Madonna ícone e ao mesmo tempo iconoclasta, que vive da imagem e da venda dela, proibe seus fiilhos de verem tv. Legal né? Os filhos dos outros podem inclusive consumir a sua imagem e tudo que está por trás, mas os dela não.

Assim são os publicitários, fazem propaganda de refri pros filhos dos outros, os deles, não tomam. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Ai ai...

Anônimo disse...

Kenia, primeiro, obrigada pelos vídeos. Muito bons mesmo.

Me fez lembrar de quando eu era menina e queria de todo jeito a bota da Xuxa. Minha mãe disse que eu tava ficando louca em querer usar uma bota de borracha no calor escaldante de Olinda. E não comprou.

Há 5 anos atrás, quando vim conhecer a Alemanha, fui numa loja de cosméticos comprar um presentinho pra minha prima de 13. Procurei na loja e como não encontrei, perguntei a vendedora se não tinha maquiagem para criança. Ela disse que não, e muito admirada ainda acrescentou que "aquilo não existia". Matutei com meus botões: claro que existe.

Nem lembro desde que idade essa minha prima usa salto. Aqui na Alemanha, nunca vi meninas de salto.

casa, cores e coisas. disse...

não, sr. anônimo. nós, publicitários, não fazemos propaganda de refri pros filhos dos outros. fazemos pra todos os filhos do MUNDO. inclusive os nossos. quem quiser tomar, toma. quem quiser proibir seus filhos, proiba. agora me diga se puder: qual o seu nome e a sua profissão?

Anônimo disse...

Molga,apesar de não ser o anônimo q postou o comentário,não deixo de dar razão a ele.
Desculpe-me se estou sendo indelicada mas acho hipocrisia esse tipo de comportamento.
Lanço a pergunta a vc e gostaria q me respondesse com total honestidade:vi nos seus comentários q vc disse não daria para sua filhinha uma sandália de plataforma.A pergunta é: se vc recebesse uma camapanha desse tipo de sapato para o público infantil,vc faria?

Meu nome é Ivette de Oliveira Góis, sou pedagoga, mãe e avó.rsrsrs

casa, cores e coisas. disse...

ivette,

se a sra tivesse lido meus comentários com mais atenção, saberia a resposta. claro q sim!!!!!!!!!!! eu vivo disso!! vou repetir: CONSOME QUEM QUER. eu nunca vi nenhuma propaganda de coca-cola dizer q ela faz bem à saúde. rsrsrs!

sabe o q eu acho pior do q fazer propaganda de sandália de saltinho pra crianças? é ser advogado pra tirar bandido da cadeia. é ensinar numa escola e botar seus filhos pra estudar noutra. e por aí vai.

vcs conhecem uma coisinha chamada controle remoto? façam uso dele! a gente só assiste o que quer. ;)

um abraço!

Anônimo disse...

Anônimo, a Molga já respondeu por mim, mas vou enfatizar: propaganda é feita para todos, mas daí a assistí-la ou "consumí-la" é da opinião de cada um... Eu posso fazer uma propaganda de refrigerante e não dar a minha filha sim! Se vc acha que seu filho deve tomar, ou até mesmo vc, faça bom proveito. Se os publicitários fizessem propaganda somente do que gostam, onde estaria a liberdade de expressão?
Se você está achando tão ruim assim a influência da propaganda, desligue a tv e ocupe o tempo dos seus filhos com outras coisas "mais construtivas". OU até mesmo, contrate uma agência de publicidade ou torne-se um publicitário e faça propaganda contra a propaganda... rsrsrsrsrs

Anônimo disse...

uma familia estruturada e' o unico fator que salva ou ameniza o perigo

Unknown disse...

Acho que devemos ter um pouco de cuidado, se não com o que queremos, mas pelo menos com as palavras que usamos. Pois "(mundo - meus filhos)" é diferente de "mundo". Se alguém se diz norteado pela ética, acho que ela deve valer para tudo. Não dá pra ser "eu sou honesto, mas como isso é meu modo de vida, eu vendo, ou faço propaganda bonita, do que quer que seja". Posso me arrepender do que escrevo, mas garanto que será muito difícil alguém me convencer a tentar vender para algum cliente um produto ou solução no qual eu não acredite.

E se a propaganda está aí para todos e a questão é apenas decidir, por que então já houve tantos casos (acertados, creio eu) de criação de critérios na propaganda? Por que não poder ter mulher nua no comercial de cerveja? Afinal, bebe quem quer, olha quem quer. É porque transformaram a mulher em objeto? E por que não pode ter comercial de bebia alcoólica até X horas da noite? Mais uma vez, não compra quem quer?

Se forçarmos a barra um pouco, vamos chegar a "Por que não liberamos comerciais de armas e ainda botamos uma propaganda que ensine a usar? Afinal mata quem quer".

Então, se existisse algo do tipo "Não pode colocar crianças usando celular no comercial destes aparelhos", não estaríamos fugindo muito dos cenários da dita auto-regulamentação citados acima.

Se eu fosse onipotente, ia era banir mesmo toda a propaganda de coisas que não prestassem. Alguém quer fabricar? Ótimo. Alguém quer "publicitar"? Ótimo também. Mas ao primeiro caso comprovado de que o troço não presta nem se fabrica nem se "publicita" mais aquilo. Mas aí eu já estou mexendo em outro vespeiro e não vou adiante.

No caso específico das crianças, acho que sim, essas coisas deviam ficar fora do mundo delas, pois mesmo se os pais fizerem seu papel, para algumas delas a frustração vai desencadear coisas não muito agradáveis, e que podem ser duradouras. Mesmo porque o apelo não vem só da televisão que cada pai/mãe permite ou não que o filho/a assista. Se não é o teu, são outros filhos que vão assistir e o teu, que nem viu, vai ficar sabendo na escola, no parque, na praia, na piscina, que "ter tal coisa é massa" e que "se você não tiver, é um otário", como já ouvi.

Pra mim, criança tem que conhecer bichinhos, bola de gude, bicicleta, futebol, corrida, comer bem e de forma saudável e por aí vai. Pra aprender o que é salto alto, maquiagem, celular e afins eles vão ler longos anos depois.

Anônimo disse...

Nessa estória de se dar bem e o resto que exploda, tanto na publicidade -como em muitas outras áreas - infelizmente a tônica do negócio é a HIPOCRISIA.
Na minha opinião, a grande fatia inconsequente da publicidade, em vez de ficar alimentando e defendendo esse picadeiro nocivo, devia era promover uma FAXINA dentro de si mesmo e reavaliar essa atitude hipócrita dos dois pesos e duas medidas.
Lembrando que quem vai dar o tom saudável em tudo será sempre a ética PESSOAL.
Bora refletir...
Regina

João Eurico disse...

Onde está a culpa da publicidade ? Qual é o papel da publicidade ? O papel da publicidade é informar sobre o produto/serviço ou é induzir ao consumo ? É ético induzir alguém a consumir um produto inferior ou que pode levá-lo a uma situação de alienação ? Acho que o cavalo de batalha da publicidade é a "liberdade". Viva a liberdade ! Mas e cadê a auto-regulamentação para evitar os abusos ? O espírito de corpo prevalece e para cada centavo gasto no CONAR se gasta uma fortuna nos prêmios e festivais de publicidade como os "Melhores e Maiores". Nenhum profissional de publicidade quer participar de CONAR algum mas não se incomodaria de receber um prêmio num festival desses. O que importa é vender, não importa a quem. Não precisa informar, o que importa é induzir ao consumo. Publicidade é isso ! E viva a liberdade.

Anônimo disse...

Viva a liberdade de expressão, ou vocês querem voltar à ditadura? Compra quem quer e ponto final, o meu filho segue meu exemplo, e não da propaganda que eu faço, sou publicitária, diretora de arte com muito orgulho da minha profissão e mãe também e não tenho nenhum problema com isso.

Anônimo disse...

hoje não vou poder comentar muito pois tenho muito job a fazer, aliås um deles é de uma linha nova de brinquedos para bebês, mas calma que vai ser direcionado aos pais, aliás, bebês não falam né Janjão?

Anônimo disse...

Quanta hepocrisia em Molga????

Kenia Mello disse...

Andrezza, você é parente ou amiga de Molga? Porque Janjão é o apelido do fofo dela. :)

Anônimo disse...

Acho que eu não entendi essa "defesa" que até rima rssss
Quer dizer que nesse caso só teríamos duas alternativas?
Voltar à ditadura ou virar terra de ninguém... e salve-se quem puder?
Será que democracia não seria justamente a busca do equilíbrio nessa "liberdade de expressão" onde a ÉTICA é o fiel da balança?
Li mais acima "Se os publicitários fizessem propaganda somente do que gostam, onde estaria a liberdade de expressão?" :P
E agora li abaixo... xiiii!
É lamentável perceber como as pessoas simplesmente usam meros clichês...
Gente!
Liberdade de expressão é um direito fundamental, MAS NÃO ABSOLUTO!
Quando se tem essa lucidez não se apela pra frases desgastadas tais como "liberdade de expressão, democracia e ditadura".
Liberdade de expressão já diz tudo: vc tem direito de expressar SEUS sentimentos, SUAS opiniões, SEM CONTUDO, subverter, violentar, impor, manipular.
E só pq é meu trabalho eu tenho que me corromper e seguir a cartilha?
Que tipo de exemplo é esse que eu estou passando para meu filho?
Que estranho e contraditório: em nome de uma falsa liberdade, se relativizar um direito colocado como absoluto de forma tão equivocada.
Simplesmente lamentável!
:(
Regina

Anônimo disse...

Eu não ia mais dizer nada mas depois de uma pérola dessa não dá pra ficar assistindo de camarote.

ANDREZZA,
Que argumento chinfrim é esse de apelar para a volta da ditadura?? Quer dizer que o contrário do vale tudo da publicidade é a censura? Tenho q rir de um argumento tão raso desses... Não subestime o nível das pessoas q frequentam o blog, publicitária....Argumentos como esse seu só demonstra sua incapacidade de se manter numa discussão séria sem precisar de apelação.

Pra mim chega!

Anônimo disse...

Ah, Silvana, bem lembrado!
Eu esqueci de dizer isso:
nada pessoal mas pra mim... chega também!
abs...
R.

Anônimo disse...

Regina,vc tirou as palavras da minha boca!!Irretocável.

E sobre a liberdade de expressão,eu ainda diria q ela é uma conquista suada e talvez essa moça publicitária(?) Andrezza nem saiba o q se passou nos porões da ditadura pq nem era nascida.Daí a banalização com q usa seus argumentos.Por isso coloca tudo num saco só e ainda acha q está ironizando as pessoas?Coitada,só tenho tb q lamentar.

Ivette Góis

Kenia Mello disse...

Gente, muita calma nessa hora, ok? :)

Anônimo disse...

Pois é, Ivette...
Pra vc eu respondo com muito prazer.
Sabe... enquanto lia o q a distinta escreveu, pensava se eu colocaria toda a carga de ironia que tivesse, daí a perplexidade diante da pérola - como bem disse a Silvana - falou mais alto e o que me impulsionou mesmo foi a indignação justamente por tanta superficialidade, banalidade e irresponsabilidade.
Mas veja, eu fiquei tão p da vida com essa colocação que nem a desculpo por não ter nascido à época. Ela não tem história de vida, não? :P
abs...
R.

Anônimo disse...

Eu de novo e pela última vez nesse post. :-)

Não tinha lido o post de hj do blog. Achei q ele responde a todas essas colocações absurdas q foram feita.

Vale a pena conferir! ;-)

http://leitedecobra.blogspot.com/2009/02/im-barbie-g.html

Beth/Lilás disse...

Genteeeeee! Calma! Relax!
Adorei o que o Paul falou, disse tudo.("Pra mim, criança tem que conhecer bichinhos, bola de gude, bicicleta, futebol, corrida, comer bem e de forma saudável e por aí vai. Pra aprender o que é salto alto, maquiagem, celular e afins eles vão ter longos anos depois.")

Tudo isso me lembrou de um filme que meu filho pegou prá ver comigo esta semana: Obrigado por Fumar de Jason Reitman . Vejam aqui a sinopse:
http://www.cranik.com/obrigadoporfumar.html

abs carioca

casa, cores e coisas. disse...

gente,

não tive tempo de vir aqui ontem. nem terei hoje. agradeço a oportunidade de "conversar" sobre isso com vcs. kenia... obg pelo convite e parabéns pelo blog!

bjos.

;)

Kenia Mello disse...

Molga, eu que agradeço pela sua participação. Sua presença é sempre bem-vinda aqui. :)
Beijos.

Conrado Falbo disse...

oi kênia,
é uma coisa séria demais essa lavagem cerebral que fazem nas crianças. apesar de ainda não ser pai, tive uma breve amostra disso trabalhando como professor de crianças e adolescentes. o que presenciei em sala de aula me deixou tão chocado, que fui pesquisar em livros para ver se podia fazer alguma coisa com os alunos. encontrei textos muito interessantes, se te interessar, pode me escrever que te passo os títulos. bjo

Kenia Mello disse...

Conrado, me interessa, sim. Vou escrever lembrando.
Beijos e obrigada.