
Tempo de sentir o peso das palavras.
Outro exemplo: não estão iguais à da Branca de Neve, vermelhinha e tentadora, mas são igualmente aproveitáves, especialmente por quem passa fome...
O que custava fazer um convênio com asilos de idosos ou comunidades carentes ou orfanatos – o que não falta é carência – e destinar esses restos a quem realmente precisa e não tem de onde tirar? Que prazer sádico é esse corporificado numa máquina que destrói pelo simples objetivo de destruir e, o que é pior, de não permitir que esses produtos sejam retirados do lixo? Não dá para entender. A lógica por trás disso só pode a de que, ao deixar os produtos à disposição para coleta no lixo, as pessoas se acomodarão e nunca virão a ser consumidores. Mas será só isso? Pois eu levo para o lado pessoal, sim, e digo que é ruindade mesmo, falta de humanidade, porque para vir a ser consumidora, a pessoa precisa minimamente produzir, trabalhar, e se não tem o que comer, como fica? Não é fácil conviver com uma coisa dessas. Boicotar o supermercado? É uma possibilidade e eu posso fazê-lo tranquilamente. Mas o que dizer da maioria do público que frequenta essa rede, o cliente habitual e não aquele que vem somente por causa das promoções, que, quando vai comer fora (não vou nem entrar no mérito do desperdício que deve praticar na própria casa...), costuma deixar o prato assim?
Adianta esperar de gente assim alguma mobilização contra o estabelecimento e a sua política do desperdício perverso?