
Quem acompanha este blog e/ou me conhece fora dele, sabe o quanto o final de 2009 e 2010 inteiro foram difíceis para nós.
No auge da crise econômica, eu não botava a menor fé que Paul fosse contratado, aqui na Holanda, para o mesmo cargo que exercia no Brasil (e um ano depois ser promovido, inclusive), quando muita gente tinha seus salários reduzidos ou mesmo era demitida. E tudo ocorreu de uma hora para a outra. Passamos um mês de férias aqui (abril de 2009) e nesse meio tempo, Paul fez algumas entrevistas de trabalho e tal, mas tudo muito vago. Voltamos para o Brasil e três meses depois, uma empresa liga dizendo querer uma entrevista, Paul volta para cá, faz a bendita entrevista, assina contrato, volta para o Brasil e tem até o final daquele mês para assumir seu cargo na nova empresa. Assim, vapt vupt, do dia pra noite.
Daí que eu e Mariana ficamos sozinhas de repente e lidar com isso não foi fácil porque Paul, apesar de viver viajando a trabalho, sempre foi muito presente. No caso de qualquer urgência, que nunca aconteceu, felizmente, pegar um avião de São Paulo para Recife, por exemplo, não seria nada de mais. Já do outro lado do oceano, a coisa mudava de figura...
Pois bem, minha vida virou de cabeça para baixo, tive de segurar a minha onda e a de Mariana, que se acabava de chorar por causa do pai, tive de dar conta das últimas disciplinas presenciais da minha pós-graduação, redigir meu trabalho de pesquisa em literatura brasileira o mais rápido que pude para ganhar tempo e poder me preparar para o exame de língua holandesa, que fez parte do pacote da imigração; fora as broncas cotidianas, coisas de casa etc. Enfim, eu tive de me virar em mil e sem ajuda de ninguém.
Pois bem, minha vida virou de cabeça para baixo, tive de segurar a minha onda e a de Mariana, que se acabava de chorar por causa do pai, tive de dar conta das últimas disciplinas presenciais da minha pós-graduação, redigir meu trabalho de pesquisa em literatura brasileira o mais rápido que pude para ganhar tempo e poder me preparar para o exame de língua holandesa, que fez parte do pacote da imigração; fora as broncas cotidianas, coisas de casa etc. Enfim, eu tive de me virar em mil e sem ajuda de ninguém.
Foi nessa fase que muitas pessoas, tidas como amigas, mostraram realmente quem eram: sequer se deram ao trabalho de fazer uma simples ligação para perguntar se estávamos, eu e Mariana, precisando de alguma coisa. Apesar de na época eu ter me chocado com esse tipo de comportamento, hoje percebo que ele foi essencial porque serviu para mostrar quem efetivamente pode ser considerado amigo. E hoje eu sei quem é quem.
Engraçado agora é ver que esses "amigos" se dividem, em relação a nós, em duas categorias: os que estão com algum problema e acham que nós temos obrigação de ajudá-los (e ficam magoados quando acham que não estão sendo prontamente atendidos por nós, os insensíveis!) e aqueles que vivem mandando recadinho em MSN, Facebook, Orkut, e-mail etc., dizendo que, em breve, vêm nos visitar -- ficando hospedados aqui em casa, claro. Ah, meu, vão tomar no cu, sim?
Engraçado agora é ver que esses "amigos" se dividem, em relação a nós, em duas categorias: os que estão com algum problema e acham que nós temos obrigação de ajudá-los (e ficam magoados quando acham que não estão sendo prontamente atendidos por nós, os insensíveis!) e aqueles que vivem mandando recadinho em MSN, Facebook, Orkut, e-mail etc., dizendo que, em breve, vêm nos visitar -- ficando hospedados aqui em casa, claro. Ah, meu, vão tomar no cu, sim?